quinta-feira, 30 de junho de 2011

Surpresa no Sub-19


Hoje foi o primeiro dia do mundial. Depois de sofrermos com a derrota inacreditável do Brasil, jogo que começou as 10 horas da manhã, acompanhei o último jogo do dia, que foi Croácia x Lituânia. Um jogo que, para muitos que acompanham o basquete, iria ser um jogo difícil, mas com uma provável vitória da Lituânia, equipe base do EuroBasket 2010 sub-18.

Jonas Valanciunas (foto), que foi o quinto lugar no draft da NBA esse ano, foi o destaque da Lituânia com 19 pontos e 13 rebotes, de sobra, distribuiu cinco tocos na partida. Já pelo lado croata, o destaque e cestinha da partida foi Toni Katic, com 23 pontos, logo atrás dele vem os dois pivôs do time, Dario Saric e Boris Barac, com 22 pontos cada.

Com um jogo equilibrado, a Croácia desenvolveu e abriu espaço para sua vitória no segundo e terceiro quarto do jogo, pois foi no segundo que começou a emplacar uma sequencia boa de cestas, indo para o intervalo na frete, e para completar e controlar o jogo para abrir no placar para vencer, na volta do intervalo, a Croácia fez sete a zero no começo.

Final da partida, 88 x 75 para a Croácia e uma vitória inesperada, pois todos falavam que a Lituânia era o time a ser batido nesse mundial, e logo no começo aconteceu.

O BICHO ESTÁ A SOLTA!

Abaixo está o vídeo feito após o jogo com alguns lances e entrevistas.

Quem dá mais?

"Nenê é um jogador que nós queremos ter por aqui durante um longo período. Ele tem sido fundamental para o time nos últimos anos e é peça-chave para o nosso futuro". - Essa é a frase de Josh Kroenke, dirigente do Denver Nuggets.

Parece que não fizeram o possível ou então que Nenê cansou de não ter um time forte ao seu lado para tentar uma disputa de título, pois na madrugada de ontem para hoje, o jornal DENVER POST. Agora, como agente livre no mercado da NBA, Nenê deixou de receber certa de US$ 12 milhões pelo último ano de contrato que poderia ser estendido.

Na expectativa de explorar novos ares, Nenê está aberto a propostas, mas o que tudo indica, nada vai sair por enquanto, pois o que tudo indica, teremos lockout (locaute) na NBA, mas isso é assunto para outro post.

Uma facada

Hoje o Brasil estreou contra a Rússia no mundial sub-19. Em um jogo pegado, de igual pra igual, o Brasil mostrou aos russos, vice-campões do EuroBasket sub-18 2010, que tem capacidade para concorrer a uma medalha e que pode surpreender qualquer equipe que esteja participando do mundial.

Em uma batalha épica que, por azar do destino, não foi televisionada - mesmo as emissoras falando que iriam transmitir - Raulzinho comandou, com 20 pontos, a equipe brasileira pra cima da seleção russa em um jogo em que se alternavam no placar.

Não posso dizer como foi o jogo, mas sei que, acompanhando pelo LiveStats da FIBA, faltando cinco segundos, o Brasil estava perdendo por dois pontos, então Neto (técnico do Brasil), colocou Lucas Bebê, que estava no banco por números excessivos de faltas, no jogo que, logo recebeu uma falta e teve sangue frio para converter os dois lances-livres, empatando a partida.

Foi aí, nesse momento, faltando apenas dois segundos para acabar o jogo, por ironia do destino, todos que estavam acompanhando pelo site da FIBA, foram enganados, pois lá dava como encerrado a partida e o placar era de empate, 78 x 78. No twitter teve alvoroço, pois estávamos felizes por ir para a prorrogação e ter a chance de ganhar, mas alguns segundos depois, longos demorados segundos, que acabaram com os sorrisos estampados nos rostos de todos os fãs do basquete brasileiro, veio a atualização para a correção: CESTA DE 3 PONTOS. Final, Rússia 81 x 78.

Ninguém acreditou no que acabara de acontecer. Mas tinha zerado e estava empatado. Mas... Mas... Mas... É amigos, o mas é que a Rússia, com uma cesta milagrosa de Sergey Karasev, o cestinha da partida com 24 pontos, deu a vitória à Rússia e uma facada quase letal no Brasil.

Agora, por ser uma competição rápida, José Neto tem que ver ainda hoje com os garotos os erros a serem arrumados para amanha, no jogo contra a Polônia.

É daqui a pouco


Hoje, as 10 horas, a seleção brasileira sub-19 entra em quadra para enfrentar a Rússia, atual vice-campeã do EuroBasket sub-18, ocorrido ano passado. Todo cuidado é pouco, pois os russos são fortes, ainda mais pela base do time ser a base do campeonato do ano passado.

Esperamos que Lucas Bebê, Raulzinho e CIA consigam jogar um basquete bonito e objetivo.

Então vamos ficar na torcida pela nossa seleção. Caso seja transmitido, eu não estarei aqui, com vocês, comentando o jogo pelo twitter, pois estarei em frente a TV. É, não tenho notebook.

AVANTE BRASIL!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Foi convocada


Nessa quarta-feira foi anunciada a convocação da seleção argentina, a maior rival do Brasil, juntamente com Porto Rico, na competição que selecionará duas equipes para as Olimpíadas de 2012. Julio Lamas chamou 15 jogadores e dentro estão os nomes dos quatro jogadores da NBA, o armador que atua no Brasil, Juan Pablo Figueroa (jogador do Pinheiros) e Fabrício Oberto, que volta da aposentadora forçada por causa de problemas cardíacos, mas como isso é passado, a Argentina contará com o pivô.


Então vamos aos convocados:

Armador: Pablo Prigioni, Pepe Sánchez e Juan Pablo Figueroa.
Ala/Armador: Manu Ginobili e Carlos Delfino.
Ala: Andrés Nocioni, Alfredo Quinteros e Hernán Jasen.
Ala/Pivô: Leonardo Gutiérrez, Luis Scola (machucado), Guillermo  Kammerichs e Leonardo Mainoldi.
Pivô: Martín Leiva, Fabrício Oberto e Juan Pedro Gutiérrez.

Essa seleção argentina tem uma média de 31 anos, mas uma qualidade superior.

Vitórias não só em quadra

Desde que começou, há cinco dias atrás, o Brasil vem mostrando uma bela qualidade em seus jogos. De cinco jogos, o Brasil perdeu só para a Colômbia, por apenas cinco pontos atrás, em um jogo que foi para a prorrogação.

Nos outros quatro jogos disputados, contando com o de hoje, o Brasil sempre se mostrou superior aos seus adversários, jogando um jogo consistente, forte e digno da técnica e pelo que já fez pela seleção brasileira feminina, Janeth Arcain.

Com uma média de 74,4 pontos por partida, o Brasil vem pontuando acima do esperado. Com uma defesa extremamente forte, tomando uma média de 39 pontos, aproximadamente, e pegando 21 rebotes defensivos por partida.

Hoje não foi diferente. Contra o Equador, o Brasil dominou do começo ao fim, venceu por 84 x 37. Com uma equipe interagida e um jogo homogêneo, as brasileiras mostraram, mais uma vez, que tem capacidade para ganhar o campeonato sub-17. Na equipe, ao todo, foram cinco meninas que fizeram 10 ou mais pontos. Izabella Frederico foi a cestinha do time, com 15 pontos. Outras três fizeram 10 pontos (Camila, Maria Claudia e Monique). Tivemos também três jogadoras com 100% de aproveitamento nos lances-livres, mas no geral, o Brasil ficou com 60%, bem abaixo do esperado, pois lance-livre sempre faz diferença no final.


Agora, depois de sabermos desses números da seleção brasileira, vemos que aquilo que tanto cobramos, está sendo posto em prática: 'uma qualidade na base do basquete brasileiro'. Parece que a CBB finalmente se mobilizou para mudar a cara do basquete do nosso país, e como é de praxe, tudo começa por baixo, pelas bases. Agora, o que devemos esperar daqui para frente é que continue essa melhora nas bases e um aprimoramento, pois sempre é bom saber de mais coisas. 

AVANTE BRASIL!!!

Começa amanhã


Amanhã, quinta-feira, começa o mundial Sub-19 sediado na Letônia. Com duração até dia 10 de julho, o mundial, que será jogado em três cidades - Liepaja, Valmiera e a capital Riga, contará com 16 equipes que estão distribuídas em quatro grupos, disputarão, até o final, 62 jogos.

Comandado por Raulzinho e Lucas Bebê, o Brasil, que está no grupo A, espera uma boa colocação ao final do campeonato, e espera, de quebra, uma medalha. Mas até lá, o caminho não será nada fácil, pois há muitas equipes boas, como a Sérvia (campeã em 2009 na categoria), Rússia (vice-campeã do EuroBasket), a Lituânia (atual campeã do EuroBasket) e os EUA, que sempre é uma potência no esporte da bola laranja. Mas só que nesse mundial, o brilho dos norte-americanos pode ser ofuscado pelos lituanos, que estão jogando muito e, que em dois amistosos nessa última semana, ganharam dos EUA nas duas chances, e de uma forma humilhante, jogando muito basquete, deixando a todos boquiabertos.

Grupo A: Brasil, Polônia, Rússia e Tunísia
Grupo B: Argentina, Austrália, Letônia e Taipé Chinês (República da China)
Grupo C: Canadá, Coréia do Sul, Croácia e Lituânia
Grupo D: China (República Popular da China), Egito, EUA e Sérvia.

Pan-Americano 2011

Foi realizado nesta segunda-feira o sorteio dos grupos (masculino e feminino) para o Pan-Americano 2011, com sede em Guadalaraja, México, que acontece entre os dias 14 e 30 de outubro.

O caminho não será nada fácil para a seleção masculina, que, logo de cara, caiu no mesmo grupo que os EUA. Agora, o Brasil, para tentar chegar na final, terá que jogar o que não vem jogando até agora. Mostrar uma tática e garra de jogo indescritível.

Como o esquema da classificação para a semi-final é: os times de cada grupo jogam entre si, e os dois melhores de cada grupo, aqueles que obtiveram mais pontos depois dessa primeira fase, vão para a fase seguinte.

MASCULINO: Grupo A: Canadá, México, Porto Rico e Argentina.
                         Grupo B: Estados Unidos, Brasil, República Dominicana e Uruguai.

FEMININO: Grupo A: Estados Unidos, México, Porto Rico e Argentina.
                     Grupo B: Canadá, Brasil, Jamaica e Colômbia.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Megafone

"Vou dizer uma coisa a você sinceramente: eu invejo o patriotismo dos argentinos e dos norte-americanos, e me dá raiva que muitas vezes os brasileiros não tenham o mesmo sentimento."

Esse foi Oscar, o "Mão-Santa", em uma bela entrevista ao Balassiano (aqui). A resposta acima é em relação à Argentina jogar o Pré-Olímpico com sua geração de ouro (que ganhou as Olimpíadas de 2004), e que contará ainda, com Fabrício Oberto, que acabou de se recuperar de uma arritmia cardíaca.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um papo com Del Harris

Ele foi o principal comandante do Milwaukee Bucks, Houston Rockets e dos Lakers, time pelo qual foi considerado o melhor técnico da NBA na temporada 1994/95 e treinou um ser que hoje é considerado o melhor do mundo (mas essa não é o que Del Harris acha), Kobe Bryant, que naquela época estava dando seus primeiros passos na liga. Foi também assistente técnico do Dallas Mavericks, Chicago Bulls, New Jersey Nets e da seleção do EUA, equipe que ganhou um bronze no mundial de 1998. Trabalhou em Porto Rico durante sete temporadas, vencendo três campeonatos e treinou também a seleção chinesa, equipe do All-Star Yao Ming.


Del Harris esteve no Brasil para participar do curso da ENTB (Escola Nacional de Técnicos de Basquete). Sendo a principal atração do curso em Belo Horizonte, que ocorreu semana passada, Harris conversou com o PapoBasquete.

Del, se fosse para descrever sua carreira em poucas palavras, quais seriam? Por quê? Trabalho e eterno aprendizado. Pois desde o início da minha carreira de treinador até os dias atuais, vivo aprendendo com os atletas. Essa é a maior motivação que um profissional pode ter.

Podemos dizer que o senhor é da velha escola de técnicos. Você teve que se adaptar às novas técnicas ou ainda utiliza as velhas técnicas, que no caso do senhor, deu muito certo? Não acredito que exista essa coisa de velho e novo. O novo se mostra presente com amostras do passado. Quando comecei a aplicar o sistema defensivo, que era uma coisa nova, vamos dizer assim, eu já me baseava em táticas anteriores. Misturei tudo e por aí vai.

Então, quais as principais diferenças entre as táticas antigas e as novas? Acredito que o setor defensivo, do qual eu gosto bastante, tem sido o mais explorado taticamente. O marcador que também sabe pontuar bastante. Isso é algo que antigamente não havia tanto e hoje temos muitos exemplos de jogadores que fazem bem as duas funções. Basicamente isso.

Em relação às técnicas empregadas atualmente, acha que as escolas de técnicos criam bons profissionais capazes de assumir grandes equipes? As Escolas de Treinadores são uma excelente iniciativa para a capacitação do profissional dentro e fora de quadra. Passar a experiência de quadra para os mais novos e receber feedback deles é ótimo. Venho ensinar, mas também acabo aprendendo. Não sou saudosista, acredito que o basquete segue numa boa evolução e tem bons novos treinadores.

Atualmente, os jogadores, ainda cedo, já são super-valorizados. Você acha que isso é bom para o jogador? Não acho. Esse é um dos maiores problemas atuais. Um atleta com vinte e poucos anos já acha que sabe tudo, e isso não é verdade. O sucesso é cada vez mais precoce e meteórico. Olha o bom exemplo de Dirk Nowitzki, demorou anos para evoluir e hoje é, sem dúvidas, o melhor jogador da NBA. São anos de amadurecimento.

O que você acha sobre jogadores que chegam ao estrelato e não querem defender a seleção? Defender a seleção é uma escolha muito pessoal. Jogar pelo seu pais é um sonho de qualquer jogador, mas prefiro não ficar falando de casos específicos. Pra mim, treinar a seleção norte-americana foi um motivo de muito orgulho. Sempre tentei passar isso aos meus jogadores.

Qual sua expectativa sobre a Escola de Técnicos realizada pela CBB que você vai participar? O basquete no Brasil tem evoluído bastante. Temos acompanhado de perto os jogadores brasileiros na NBA e na Euroliga e, realmente, as expectativas são boas. O Brasil sempre foi um equipe muito difícil de jogar. O trabalho é a longo prazo, acho que realmente o esporte aqui vai crescer muito.

E sobre o Pré-Olímpico, quem leva as duas vagas? Sobre as duas vagas, prefiro não opinar (risos). Mas seria muito legal se o Brasil conseguisse uma dessas.

sábado, 25 de junho de 2011

Bicho Papão derrotado

É triste ver o basquete brasileiro desse jeito, pra baixo, sem nenhuma credibilidade no mundo. Só que mais triste ainda é saber que não temos ninguém que pegue o comando para tentar levantar o basquete aqui no nosso país, onde todos idolatram o futebol.


Ah, mas Thiago, criaram o NBB, e ai, o que você me diz? O que eu digo é simples: boa iniciativa, a cara do basquete brasileiro, aqui no Brasil, mudou, saiu de 0% na preferência da população. Mas a seleção dá resultado? Não. Vamos combinar que ganhar o Pan-Americano, onde o time vem sem seus principais jogadores, não é grande coisa. 

O Brasil não tem base e quem faça aflorar e amadurecer essa questão num âmbito nacional. Deveríamos tomar de exemplo nosso vizinho, LOS HERMANOS. Ali o basquete é adorado por muitos.

Não estou aqui para falar da questão do Nenê, isso foi tratado aqui, e muito menos do Larry Taylor, pois ja falei disso aqui.

Na Argentina, o basquete é tratado de uma forma totalmente diferente. Você pode perceber isso quando vemos suas bases jogando e que, futuramente, serão os jogadores da seleção principal. Nós somos fregueses dos argentinos. Sempre perdendo pra eles, desde as bases até o profissional. Quando isso vai mudar? Espero que por agora mude, pois temos que tomar nosso posto e sermos mundialmente conhecidos, mas não pelo futebol e sim pelo basquete, que já teve seus anos de glória.

Nessa semana, as bases do Brasil, sub-16, 17 e 19 estavam e estão jogando algum torneio. Os dois primeiros, sub-16 e 17 enfrentaram a Argentina e, adivinhem, perderam. O sub-16 foi eliminado e disputa o quinto lugar. O sub-17 pegou os argentinos na final e, mais uma vez, o Brasil perde para os argentinos, terminando o torneio como vice-campeão. Parabéns, mas acho que as sucessivas derrotas que estamos para os 'azul-celestes' não agrada a ninguém, e nisso, heis que surge o sub-19 para nos fazer sorrir, nem que seja pelo canto da boca, nos fazendo esquecer o que aconteceu, só por um momento com a outras categorias.

Hoje, comandados por Raulzinho (18 pontos e 5 assistêncis) e Cristiano (15 pontos e 6 rebotes), o Brasil venceu, e jogando maravilhosamente bem (claro, com alguns erros básicos), a Argentina por 77 x 71. Saindo pro intervalo com 7 pontos atrás no placar, o Brasil voltou pra buscar e abrir vantagem no jogo, no qual teve altos e baixos dos dois lados, mas o bom é que o Brasil conseguiu sobressair à Argentina e, ao final do jogo, levou a melhor. 

Sabe aquela história de que somos fregueses? Está na hora de mudar e que comece pela base, que seja. Hoje, o BICHO PAPÃO FOI DERROTADO!

Megafone

"Tenho um pensamento já convicto, e eu vou estar na seleção sim, mas no momento certo. Sempre tem circunstâncias, sempre aconteceu alguma coisa, mas a chama da seleção está no meu coração e ninguém vai apagar com comentário ruim. E quando eu for também, terá resultado, vai ter fruto. Eu estou plantando chorando para colher sorrindo".
Essa foi a declaração de Nenê ao jornalista do EPTV, quando perguntou se ele iria se apresentar à seleção, já que o nome dele está na lista.

Para ver o vídeo, clique aqui.

É oficial


Na manhã de ontem, 24 de junho, Nenê, através de seu representante, pediu dispensa da seleção brasileira. Com uma simples nota, onde fala superficialmente os motivos, cujo os quais o técnico da seleção, Ruben Magnano, adiantou em sua coletiva, que aconteceu essa semana em São Paulo.

"Maybyner Hilário (Nenê) está solicitando dispensa da seleção da Copa América por motivos contratuais e pessoais".

A frase acima se refere à nota oficial do pedido de dispensa do jogador do Denver. Sem ele, novamente  numa competição importante para nossa seleção, as chances do Brasil diminuem, mas não quer dizer que não temos chances, pois basquete é de momento, vai que 'dá a louca' e o Brasil ganha todos os jogos? Nunca se sabe.

Estão falando por ai quais seriam esses problemas. Os contratuais já sabemos. Se refere ao valor do seguro cobrado pelo time. Mas agora tem um novo problema, que é o lockout (locaute) que está pra acontecer na NBA nesta temporada. Sem treinar, e cabendo até suspensão do salário, o jogador fica mais vulnerável à lesões graves e sem a garantia do pagamento. Já os pessoais, atualmente o principal é com sua mulher, que na verdade nem é um problema, mas sim uma alegria. A mulher do jogador está a espera de um filho, que está pra nascer em julho, no mesmo período em que acontece a concentração brasileira. Agora vem problema antigo: a birra dele com a entidade maior do nosso basquete, a CBB. Essa briga é antiga e nós sabemos, mas não sei por que milagre, o povo esqueceu disso por agora. Eu pago pra ver se esse pedido de dispensa não tem um pontinho se quer por causa desse desentendimento. Mas fazer o que, como ele mesmo disse: "Eu vou estar na seleção sim, mas no momento certo..."!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Brasil e suas bases

Junho está sendo, principalmente para nós, o mês para acompanharmos as evoluções de nossas bases, principalmente as sub-16, 17 e 19, pois estava, está e estará participando, respectivamente, de torneios importantes.


Por que é bom acompanharmos a evolução? Pois em junho também foi a convocação da seleção principal e muito se falou sobre a convocação de um norte-americano, quase naturalizado, como armador, já que tem tempo que não somos capazes de formar um bom armador, digno de seleção, que tenhas características impares, já que na mesmice, somos experientes em criar.

Começando pelo mundial sub-16, que o Brasil foi desclassificado pela Argentina (como é de praxe), agora irá disputar, contra o México, hoje mesmo (20:00 horas - horário de Brasília), o quinto lugar. Contra a Argentina, ontem, o Brasil até que jogou bem, empatando os dois primeiros quartos (16-16 e 18-18), mas já no terceiro quarto, os argentinos souberam jogar, tirando proveito do Brasil e no último, defenderam bem, não dando chance para o Brasil encostar e tentar uma reação.

O lado positivo dessa partida foi que, mesmo falando que a Argentina era superior ao Brasil; Que os hermanos perdeu só por poucos pontos do EUA e que ganhou da Costa Rica por tantos outros, ao contrário da nossa seleção, mostrou que o Brasil tentou, batalhou e quase conseguiu. O trabalho realizado pelo técnico André Germano e sua comissão foi perfeita. Toda a equipe do sub-16 está de parabéns. Já o negativo é saber que ainda caímos para a Argentina. Que nos preocupa desde a menor base até o profissional. Que é sempre nossa "pedra no sapato". O trabalho agora é aprimorar pra saber jogar contra os grandes.

Pelo sub-17, ao comando de Demétrius Ferrcciú, a seleção ganhou da equipe do Morrón (equipe portenha que jogou com jogadores de 19 anos), que deu muito trabalho aos garotos. E hoje, o Brasil venceu o Uruguai jogando com um belo sistema defensivo (segundo informações). Não tenho muito o que falar, pois não venho acompanhando a evolução do sub-17.

Agora é o sub-19, que perdeu agora pouco para a Austrália. Eu sei que está apenas num torneio preparatório para o mundial, mas não é só por isso que irá jogar de qualquer jeito. Com uma defesa tremendamente horrível, sempre aberta, o Brasil não conseguiu preocupar os australianos, nem por um pouco de medo, pois sempre estava atrás, e quando esboçava uma reação, começava bem e logo depois de encostar no placar, a defesa ficava totalmente fraca, aberta para as bolas do time adversário. 

Ainda da tempo de ver onde há erros, para arrumá-los, onde pode melhorar e o que pode ser feito para que, na hora da competição, a equipe brasileira possa entrar em quadra e fazer bonito, levantando, um pouco, a moral do basquete brasileiro que está lá embaixo. O Brasil tem um time forte que entrosado fica bem competitivo, espero que José Neto, técnico da seleção, consiga fazer com que esses meninos joguem basquete de um modo como nunca jogaram.

Uma coisa é certa, a seleção sub-19 precisa calibrar mais a mão, ter uma defesa consistente e firme, que não ceda a qualquer pressão e aprender a jogar no coletivo, distribuindo a bola, fazendo-a girar até encontrar o melhor momento para a finalização.

O que nos resta é só analisar e cobrar da entidade maior, a CBB, um apoio reforçado para a formação de jovens talentos em todas as posições, cada um com um talento presencial, marcante, para não ter que recorrer a naturalização de algum outro jogador (que essa novela tenha acabado, pois já está chato o povo falando isso e aquilo).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ricky Rubio fala ao PapoBasquete

Ricky Rubio, garoto com 20 anos, mas quando ficou conhecido pelo mundo, tinha apenas 17 anos. Uma criança que, da noite para o dia, valia milhões de euros. Em 2008 foi convocado para jogar, ao lado de seus ídolos (segundo ele), a Olimpíada de Pequim. Chegou na final do basquete, contra o EUA. Eu lembro daquela final. Espetacular!!!


Logo depois de servir a seleção, Ricky voltou para seu time, naquela época, o DKV. Então mexi meus pauzinhos para fazer, para você, querido leitor, uma entrevista com o "garoto-sensação" do momento. Isso foi em 2009, um ano depois das Olimpíadas. Como parei de escrever nos blogs e sites e depois recebi as respostas, guardei a entrevista para que, quando eu voltasse a escrever, postasse aqui para vocês. Então, temos algumas respostas desatualizadas.

Qual a emoção de jogar uma Olimpíada com aos 17 anos ao lado de Pau Gasol - um astro do basquete espanhol - e contra os melhores do mundo (a seleção dos EUA que contava com grandes nomes, como LeBron, Kobe e Wade)? É enorme, pois quase dois anos atrás era eu quem os via pela televisão e pedia autógrafos, pois são meus ídolos. Foi uma experiência incrível.

Aqui no Brasil, Oscar Schimidt disse que você será um dos melhores, pois com pouca idade já mostra tamanha habilidade e uma mente trabalhada, coisa de gente grande. Você acha que tem toda essa capacidade para colocar em prática e, um dia realizar o que Oscar falou sobre você? Amigo, eu não sei. O que te asseguro é que seguirei trabalhando e me empenhando ao máximo para conseguir.

Você poderia pensar que algum dia seria tão especulado pelos times da NBA e que o mundo inteiro iria saber quem você é? A verdade é que desde pequeno, todo mundo se imagina que pode estar entre os melhores do mundo e a maior ilusão é jogar na NBA, mas não, nunca pensei que iria ser tão cedo.

Se não fosse um jogador de basquete, qual esporte escolheria para tentar a carreira? Eu escolheria futebol. Sou apaixonado. Adoro mesmo, mas ainda prefiro o basquete.

Um dos pontos mais criticados do seu jogo é o seu arremesso. Há um plano em particular para melhorar esse quesito? Tenho que treinar mais. Eu confirmo que estou abaixo do esperado, mas trabalharei para melhorar. Este ano, devido a lesão, não tenho trabalhado muito por agora, mas quando me recuperar, penso em fazer todo o treinamento.

Qual é o maior jogador de todos os tempos para você? Qual é o seu ídolo em atividade? E qual seria a seleção perfeita para você? Michael Jordan foi o maior desportista de todos os tempos, não há dúvidas. Agora sobre o que está em atividade, pra mim é Chris Paul (armador do New Orleans Hornets). Ele é uma referência para mim, sua habilidade de infiltração e jogo me impressionam. E sobre a seleção? Ah, não tem como dizer apenas 12 nomes, pois há muita, muita qualidade pelo mundo.

Huertas, quando era seu parceiro de time no DKV, disse que você é muito talentoso. O que pode nos contar da sua relação com Marcelo Huertas naquela época? Huertas é um grande amigo e jogador. Tem muita habilidade. É um grande defensor e arremessador. É uma excelente pessoa, dentro e fora das quadras.

Como é lidar com a fama mundial já aos 17 anos de idade? Tem vez, quando eu saio, queria passar despercebido pelas ruas, mas logo penso de quando eu era criança e queria ser um nome do basquete e sair por ai, dando autógrafos. E como vemos por ai sobre fãs que enlouquecem, espero nunca passar por um assédio doentio ou ser ameaçado por uma fã. Espero o respeito assim como dou.

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Essa entrevista, como disse no começo, foi feita em 2009, logo você poderá notar alguns assuntos bem antigos.

Atualmente Ricky Rubio está já assinou contrato com o Minnesota Timberwolves, dois anos depois de ser draftado. Agora é só esperar para vê-lo atuar na NBA e ver se lá ele melhorará o seu arremesso, assunto tratado na entrevista e que, pelo que se vê, não foi tão trabalhado assim.


ps.: A entrevista foi feita com a ajuda de Guilherme Tadeu, que na épora era do Draft Brasil, mas agora está no Giro No Aro.

É hoje

Hoje ocorre o Draft da NBA, às 20 horas no horário de Brasília, em New York, lá no Madison Square Garden, casa do Knicks


As notícias sobre o Draft desse ano estão correndo a solta. Começou com a entrada do nome do brasileiro Lucas "Bebe", mas pouco tempo depois tiraram o nome dele. Depois veio a confirmação de que não haverá transmissão do mesmo na TV brasileira, cabendo a única salvação: TV na internet.




Depois veio as especulações sobre trocas, e a que mais falada é a do Spurs, que está disposto a trocar o armador Tony Parker por uma posição melhor no Draft.

Sério, se eu soubesse algo sobre o Draft, eu faria um post imenso, mas acho que sou o único nessa vida que gosta de basquete e não entende o Draft e essas coisas de pick. Então fiquem atentos aos canais "clandestinos" da internet, pois hoje vai rolar muita opinião nesse mundo do basquete virtual.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Magnano responde


Hoje, lá em São Paulo, o técnico da seleção brasileira recebeu a imprensa para responder a todas as dúvidas relacionadas aos jogadores, o porque da convocação e principalmente, sobre Larry Taylor, a polêmica do basquete brasileiro nesse último mês.

A coletiva durou, mais ou menos, uma hora e todas as respostas foram feitas e respondidas.

"Eu creio que isso acontece por conta da filosofia de jogo do basquete brasileiro nos últimos anos. São muito poucos armadores e muitos jogadores com bons arremessos. Talvez seja porque tenha se focado muito o aspecto ofensivo..."

Logo depois que acabou, Magnano foi, junto com uma comitiva, para o aeroporto, onde embarca ainda hoje, para a Letônia, para acompanhar os garotos da base, que poderão, quem sabe um dia, servir a seleção principal.

Eu conversei com Reyes (assessor) quando acabou a coletiva. Ele falou que ocorreu tudo tranquilamente, que Magnano explicou o porque de tudo e que, ainda essa semana, no mais tardar até amanha, a minha entrevista com o técnico argentino estará no meu email. Não prometo a vocês que amanha estará aqui, pois pode atrasar, mas fiquem atentos, pois postarei uma pequena entrevista com Magnano, perguntando todas as novidades da seleção.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Megafone

"A verdade é que desde pequeno, todo mundo se imagina que algum dia pode estar entre os melhores do mundo e que a maior ilusão é jogar na NBA, mas não, nunca pensei que iria ser tão cedo."
Essa foi uma resposta de Ricky Rubio, o jovem do momento em Minneapolis, que fechou com o Timbewolves, ao ser perguntado se ele imaginou que algum dia ele seria tão conhecido ao redor do mundo.

--  A resposta acima foi dada na entrevista que eu fiz, há dois anos atrás, logo depois dos jogos olímpicos. A entrevista não foi divulgada, pois no tempo em que recebi as respostas, eu tinha parado de escrever. Agora irei postar a entrevista aqui, no PapoBasquete, em primeira mão. Então fiquem atentos!

Flamengo corre atrás


Depois de perder a vaga na final do NBB para Franca e, na pós-temporada, perder o pivô Bábby, o Flamengo entrou no mercado de jogadores disposto a contratar e reforçar a equipe para ganhar o NBB4, que começa ainda esse ano.

O que estava se falando por ai era sobre o argentino Federico Kammerichs, que tinha voltado em 2008 para Corrientes para jogar pelo time da cidade, o Regatas Corrientes. Segundo informações, a conversa avançou muito de ontem para hoje e já está dada como certa a contratação de Federico pela equipe carioca, o Flamengo. Parece que a proposta oferecida do Flamengo é muito superior ao proposto pelo seu atual time.

Agora, o que está se falando por ai é que o Flamengo já contratou, da Argentina também, o melhor estrangeiro atuante no país, o norte-americano David Jackson, do La Union.

Ricky Rubio chegou

Anunciado no início do mês, Ricky Rubio já está em Minneapolis e foi recebido com festa no aeroporto.

Draftado há quase dois anos pelo Minnesota, Ricky decidiu permanecer na Europa até adquirir mais experiência, mas sabemos que, logo após sua primeira olimpíada, ele não rendeu o que todos esperavam. Sempre abaixo do que poderia render, mas um feito ele conseguiu, que foi conquistar ao menos uma vez todos os campeonatos disputados no velho continente.

Com muita popularidade, levou aproximadamente 200 pessoas ao aeroporto em sua chegada. A questão agora é: será que joga mesmo? Pois além da ameaça de lockout, tem a questão de seus baixos números nas duas últimas temporadas na Europa, tendo que mostrar, com muito trabalho, que deverá ganhar seu lugar no time, não importando qual seja este time, caso o Timberwolves venha negociá-lo.

E a NBA...

... Para ou não para? E se parar, o que pode acontecer?

Essa semana está sendo uma semana decisiva para o futuro da próxima temporada regular da NBA. Deve acontecer, ainda hoje, lá em Nova Iorque, uma reunião entre o representante dos jogadores, os proprietários e o mandante da NBA, David Stern, que declarou que essa reunião será a mais importante para acelerar os acordos, evitando, assim, um lockout, que pode acontecer a partir do dia 1º de julho.

Na história da NBA já ocorreu dois lockouts. O primeiro em 1995, ano do auge de Michael Jordan. Sendo este, um dos jogadores que ficaram descontentes com o acordo que fora proposto, e se movimentaram, pedindo para que não fosse assinado.

Em 1996, teve um "mini-lockout", de poucas horas. Já o outro foi em 1998, que durou seis meses.

Se acontecer a paralisação, os jogadores da NBA ficarão sem jogar por outras equipes ou seleções de suas respectivas nações, cabendo ressalvas. Não poderá jogar por outra equipe a não ser que o próprio time libere ou então, se o próprio jogador entrar com uma ação na FIBA pedindo a autorização. Já pelas suas seleções, o problema já são os seguros, pois no momento do lockout, os salários ficam suspensos em caso de lesão, e por ficarem sem treinar, os jogadores ficam propensos a lesões mais facilmente, aumentando o risco de algo grave, logo os seguros são, disparadamente, inúmeras vezes maior do que o normal.

-- Lockout é quando os proprietários dos times proíbem os jogadores e comissão de usarem as dependências da franquia.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Kick rápido

Queria dizer a vocês, caros leitores, que além de escrever aqui no PapoBasquete, faço uma participação no SunsBR. E lá eu faço uma coluna semanal de entrevistas, mas não são entrevistas recentes, são entrevistas antigas, que fiz e acabei não publicando, como oito entrevistas com os campeões mundial de 1959 que, em 2009, o título fez 50 anos.

Para acompanhar a sessão DO FUNDO DO GUARDA-ROUPA, click AQUI e leia todas as entrevistas postadas até agora... E o final dela será na próxima semana, sexta-feira, com uma entrevista internacional.

domingo, 19 de junho de 2011

Megafone

"Não acho um fracasso. Dentro dos torneios existem várias alternativas que podem acontecer. A Argentina sonha alto, se todos os jogadores estão bem, somos favoritos. Depois, veremos o que acontecerá no torneio, pois as partidas tem que ser jogadas. Conhecendo a cabeça dos jogadores e jogando em casa, dá para prever um futuro bom para a equipe."
Essa foi a resposta do atual técnico do Flamengo e assistente técnico da seleção da Argentina, Gonzalo, ao ser perguntado se pode ser considerado um fracasso caso os donos da casa não consigam a classificação para Londres 2012.

"O Brasil tem que esperar os jogadores da NBA. Me parece que ali está o segredo de vir muito forte ou de ter uma equipe alternativa. Sei que Anderson Varejão não vai, Leandrinho é uma dúvida e Nenê é sempre uma interrogação. Se vierem completos, é uma equipe impressionante com cinco ou seis jogadores de primeiríssimo nível."
Aqui já é uma resposta correta em relação ao time do Brasil. Muito feliz nas palavras, principalmente ao falar sobre Nenê.

Uma coisa já sabemos sobre Gonzalo García: além de treinar o Flamengo, ele já está de olho na nossa seleção. Está sendo o bode expiatório da Argentina na terra verde-amarela.

Kick rápido

- O blog Giro no Aro correu atrás e conseguiu. Guilherme Tadeu e Alfredo Lauria fizeram uma entrevista com o nome da atual polêmica no basquete brasileiro, Larry Taylor, que está em Chicago. Vale a pena dar uma conferida... E pra ler, só clicar aqui.

- Vejo no site da Vivo/Franca que a equipe contratou três jogadores para compor o elenco. São eles: o pivô Bábby (ex-Flamengo), o ala-pivô Wanderson Trigeiro (ex-São José) e o ala norte-americano Brian Woodward (ex-Defensor Sporting).

- O Giro no Aro já se adiantou e deu que o Flamengo contratou Caio Torres (leia), mas a equipe não divulgou nada até agora. Uma coisa já se sabe: Caio rescindiu o contrato com o Menorca Bàsquet (veja aqui).
Segundo a ACB, a temporada passada foi a melhor de Caio, onde conseguiu médias de 16 minutos por partida com 7,1 pontos por jogo, baixos 3,9 rebotes e um incrível aproveitamento de 94% nos lances-livres (32/34).

sábado, 18 de junho de 2011

Larry Taylor, a polêmica


Quando a CBB divulgou ontem a lista dos 20 pré-convocados para começar os treinos com a seleção, entre eles tinha o nome do norte-americano Larry Taylor, que joga no Bauru desde 2008, ano em que começou sua carreira no Brasil.

Muito polêmico, esse assunto não saiu da boca daqueles que acompanham o basquete. Vários blogs escreveram sobre o assunto e muito se foi falado e julgado precipitadamente. Levantaram questões como: "a CBB tenta naturalizá-lo para ele compor a seleção", ou então que "norte-americano na seleção é um absurdo, está tomando a vaga de um brasileiro" e até a xenofobia foi usado por alguns para defender a convocação de Larry.

A questão é: tem-se que procurar saber o verdadeiro motivo da naturalização dele, e se é só um acaso a convocação dele. Pois realmente é um absurdo naturalizá-lo só pra ele poder jogar, ocupar uma vaga em que o Brasil está em falta há tempos. Mas se o motivo da naturalização começou por ele, por ele gostar do Brasil e querer tentar uma vaga na seleção, ai sim, palmas para ele, pois mostra que gosta do nosso país. Como o Guilherme Tadeu (Giro no Aro) falou no twitter, que acha o Taylor mais brasileiro que o Nenê.

Não se pode usar da xenofobia, xingamentos e outras coisas mais para tentar expor a sua decepção com a convocação dele, pois ai sim o estúpido está sendo você. Só porque ele é do EUA, ele não pode jogar pelo Brasil? Se vocês bem se lembram, e como o Fábio Balassiano e o Giro no Aro disseram em seus textos, não seria o primeiro caso de naturalização de grandes esportistas que vieram a defender o Brasil. Só na seleção de basquete bicampeã em 1959 e 1963, tivemos jogadores naturalizados defendendo a seleção e que, naquela mesma seleção, eram jogadores indispensáveis para que conseguíssemos o título. Em 1959, Amaury Passos, que é portenho, jogou e foi campeão mundial e foi o melhor em quadra pela seleção. No mundial seguinte, em 1963, Amaury novamente foi campeão e foi eleito um dos melhores do mundial, participando da seleção do campeonato, juntamente com ele, tinha mais dois jogadores naturalizados, que eram Sucar, argentino de nascença, e Victor Mirshauswka, polonês.

Sabemos que julgar é fácil, mas temos que parar de nos preocupar com esse julgamento precipitado e esperar, pois vai que Taylor consiga sua naturalização e seja um dos 12, ele poderá fazer um belo pré-olímpico e nos fazer refletir, mas ele também pode não fazer nada no pré-olímpico, ai sim as críticas serão triplicadas e cairão sobre ele e a CBB (que já está acostumada a ser criticada).

A seleção não é local para testes, mas sim para mostrar o seu potencial máximo. Se Magnano, que é argentino, achou que ele tem capacidade para fazer parte do time, então que vá e faça uma bela apresentação e, em coletividade, ajude a seleção a conseguir uma sonhada vaga para a Olimpíada, ocasião que não sabemos o que é há muito e muito tempo.

Então confiemos nas escolhas de Rubén Magnano, pois ele tem carga suficiente para saber o que é bom ou não para uma seleção alcançar o ápice e o sucesso.

A convocação e suas polêmicas

Na manhã de ontem, a CBB divulgou a lista dos pré-convocados do técnico Magnano para o pré-Olímpico que ocorre em agosto, na Argentina.

No total foram 20 convocados, sendo destes 12 que irão defender o Brasil. A lista criou uma polêmica tremenda entre aqueles que acompanham e escrevem sobre basquete, pois além de ter nomes não muito conhecidos, têm os jogadores da NBA, sendo que um deles, Anderson Varejão, está machucado e ainda tem um norte-americano na lista. É, isso mesmo que vocês leram, um norte-americano ainda não naturalizado, e o nome da maior polêmica é Larry Taylor, jogador do Bauru. Dizem as línguas que a CBB está correndo atrás da naturalização do jogador o quanto antes para ele defender o Brasil.

A LISTA

Armadores: Marcelinho Huertas (Baskonia Caja Laboral - ESP), Nezinho (Brasília) e Raulzinho (Minas T.C.).
Ala/Armadores: Leandrinho (Toronto Raptors), Vitor Benite (Limeira) e Marcelinho Machado (Flamengo).
Ala: Alex Garcia (Brasília), Arthur (Brasília), Diego (Limeira) e Marquinhos (Pinheiros).
Ala/Pivô: Augusto Lima (Unicaja - ESP), Douglas Nunes (Bauru) e Guilherme Giovannoni (Brasília).
Pivô: Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), Caio Torres (Vivemenorca - ESP), Paulão Prestes (CB Murcia - ESP), Rafael Hettsheimeir (CAI Zaragoza - ESP), Nenê (Denveer Nuggets) e Tiago Splitter (San Antonio Spurs).

* Larry Taylor é um asterisco na seleção, por causa do processo de naturalização. Quando tiver mais informação, postarei aqui no blog.

ps.: Mais tarde volto para falar só sobre o Larry Taylor, que gerou muita polêmica, críticas positivas e negativas nessa última sexta.

BEM VINDO

Seja bem vindo ao Papo Basquete, um espaço para comentar tudo sobre basquete, discutir esse esporte e ficar a par sobre as notícias e novidades. Sinta-se à vontade para dar sua opinião e participar, ao máximo, do blog.

Sou Thiago Anselmo, já escrevi em vário blogs/sites de basquete (exemplos: basketbrasil, nba-etc-etal, draftbrasil,...) e já tive uma revista de basquete, a LANCE-LIVRE (alguns links sobre a revista: Balanacesta1, DraftBrasil, Balanacesta2, primeira edição da revista, Balanacesta3 e Rebote).

Sempre aberto a sugestões e críticas, espero contar com a sua colaboração para melhorar o blog a cada dia mais. Ao longo dos tempos vou criando as seções... Tem dica? Só mandar.

Espero que goste do blog. Abraços e até a próxima!!!