terça-feira, 26 de julho de 2011

Nota rápida

Galera, não sei se vocês sabem, mas passei na faculdade. Essa semana vai ser difícil ter posts novos, pois irei arrumar as coisas para minha mudança.

Vou morar em Mariana, pertinho de Ouro Preto... Então, até quando eu voltar!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

As palavras de Bábby

Com a experiência do famoso basquete norte-americano, começou no College e depois passou para a NBA, Rafael Araújo, ou melhor dizendo, Bábby voltou para o Brasil em 2009, repatriado pelo time rubro-negro carioca.

Conquistou a maior torcida brasileira e, depois de duas passagens pelo time do Flamengo, Bábby está na capital do basquete, Franca. Ele atuará pelo time nessa temporada.


Em entrevista exclusiva ao Papo Basquete, Rafael Araújo, que foi um dos primeiros brasileiros a jogar na NBA, fala da sua ida para o time paulista, sobre seu centro social e muito mais, confira.

Como você vê sua ultima temporada no NBB? Tinha alguma expectativa de ser chamado para a seleção? Acho que como todo atleta, corremos o risco de nos machucar e, infelizmente, foi o que aconteceu comigo nos playoffs. Acredito que fiz uma boa temporada, vendo as estatísticas, mas as vezes isso não é o suficiente! Já em relação a convocação, o técnico nunca chegou a falar comigo, então não houve expectativa.

O que te fez sair do Flamengo e, uma temporada depois, voltar ao time? Saí do Flamengo porque a proposta do Paulistano foi boa, na época, e eu estava em fase de mudança na minha vida. Mas não foi nada contra o time ou a equipe, em geral, e foi por isso que voltei.

Agora em Franca, você chega pra ser o dono do garrafão? Sempre que jogo, jogo pra ser o dono da área e aqui não vai ser diferente. Sou um jogador de raça, e isso ninguém poderá dizer o contrário.

Há algum tempo, o presidente de Franca falou que você era um jogador muito problemático e caro. Agora você foi contratado e atuará pela equipe. Como você reagiu ao saber disso? Fiquei sabendo disso sim. Minha reação foi de espanto e tristeza, mas tenho certeza que hoje, depois de me conhecer, ele não pensa isso e, como ele mesmo disse, foi questão de marketing.

Agora no novo time, você vai treinar com o técnico que te levou, pela primeira vez, para a seleção. Como você vê isso? Admiro, respeito e acredito que ele é o melhor do Brasil, não por ter me levado pela seleção, mas de ter a honra de poder fazer parte desta família que ele montou e luta para manter. Só agradeço a ele pelas oportunidades.

Agora mudando mais para a visão em relação à sociedade. Você criou um projeto social. Conte-nos sobre: Sempre existiu o sonho de criá-lo? Como surgiu a ideia? Qual a metodologia usada, já que você falou em outras entrevistas que era diferente das outras que tem no país? Nós temos dois centros, um em Pelotas e outro na Andef. Estamos tentando evoluir de acordo com a metodologia usada na NBA, que é fazer com que os garotos levem os estudos e o esporte juntos. Afinal, temos que pensar no futuro e, infelizmente, não é o que acontece no esporte brasileiro. Esta ideia surgiu desde que eu era garoto de comunidade e me apareceu essa oportunidade de jogar e estudar ao mesmo tempo. Atualmente a Andef nos oferece aulas de línguas (português, inglês e espanhol) e computação, mas queremos abranger outros tópicos.

Você, como um ex-jogador da NBA, acredita que seria legal se tivessem uma cláusula sobre ações sociais que os jogadores deveriam fazer, como tem nos contratos da NBA? Acredito, concordo e apoio. Afinal, tanta coisa errada copiamos de outros, por que não copiar o que dá certo? Mas temos que fazer por vontade própria e não só por aparência.

Para finalizar, algum recado aos amantes do basquete (aos que acompanham e aos que pensam em seguir a carreira de jogador)? Continuem acreditando e acompanhando o basquete, pois o esporte está voltando ao que era antigamente. E aos que pensam em ser jogador, nunca, por pior que seja sua situação, desista. Determine, acredite e imagine, pois isso é tudo. A vida as vezes não é tão justa, mas se persistir, pode ter certeza que vocês terão o retorno, e esse retorno é a paz interior. Sorte a todos e obrigado a todos que me apoiam. Abraços.

sábado, 23 de julho de 2011

Cara nova na seleção

Duas semanas se passaram desde o dia do encontro da seleção. Quatro armadores foram convocados. Destes, só um que não tem algum tipo de problema. Larry Taylor não conseguiu sua naturalização, então foi cortado da seleção. O outro, que foi muito questionado e que, quando perguntado sobre ele o técnico não respondeu (aqui), Nezinho teve uma torção no tornozelo direito, chegou a ser preocupação para a seleção e, hoje, estava jogando pela seleção militar. Mas e a torção que preocupava a todos da seleção? Estranho isso, hein. Já Marcelinho Huertas, se apresentou, mas não treina com o grupo, pois a questão contratual do jogador não foi resolvida. Sem quitação do seguro, o jogador treina isoladamente dos demais - mais do que certo, pois olha o que aconteceu com Nezinho.


O único que salva, até agora, é Raulzinho, que representou a seleção brasileira sub19 no mundial da Letônia esse ano. O jogador é o único armador que treina com a seleção e ainda não sofreu nada. Só que isso mudou, pois Magnano chamou, para completar a equipe, Rafael Luz que atua pelo Unicaja/Málaga, da Espanha. O jogador tem uma bagagem considerável, se comparar a outros nomes que estão na seleção, se tratando de basquete internacional.

Mais um para brigar para ser o reserva imediato do armador principal Huertas. Vamos ver como serão os treinos e o que o técnico argentino decidirá.

Brasil invícto

E o mundial sub19 feminino começou. Disputado em Puerto Montt, lá no Chile, o Brasil estreou com uma vitória apertadíssima, em um jogo emocionante contra as espanholas. A equipe brasileira começou mal, mas logo encaixou o jogo e, ao final da partida, fez 71 x 64. Como principal jogadora, Damiris fez seu papel, pontuando 19 vezes e pegou 13 rebotes.

O próximo jogo do Brasil ocorreu ontem, dia 22, contra a Eslovênia. Mais uma equipe européia que ficou pra trás. Com uma superioridade desde o começo, o Brasil já abriu vantagem e só fez controlá-lo até o zerar do cronômetro no último quarto. Já estava na cara que o Brasil tinha chances de ganhar, pois de longe a qualidade brasileira era superior.

Mais uma vez a cestinha brasileira foi Damiris, com 21 pontos, nove rebotes e 31 minutos jogados. Outra que se destacou no jogo foi Isabela Romana, com 11 pontos e sete rebotes, que, juntamente com Tassia (10), completa o quadro das brasileiras que fizeram dígitos duplos em pontos.

Um outro quesito que hoje, na equipe do técnico Tarallo (foto), foi incrivelmente bem foi em relação a defesa, que esteve forte, consciente e, no final das contas, deu um prejuízo às adversárias, que por conta erraram 26 vezes, contra 14 brasileiros.

O próximo jogo será amanha, contra o Taipé China, no mesmo horário dos outros, às 22 horas (horário de Brasília). O jogo parece ser fácil, pois a pedreira da equipe as meninas já passaram por cima, que foram as espanholas. Uma vitória amanha deixa o Brasil como liber absoluto do grupo.

O que precisamos saber é se a seleção sub19 continuará nesse ritmo para melhor nos próximos jogos, pois capacidade a equipe tem e, tenho certeza, que elas não mostraram se quer 90% do basquete que elas têm. Pois será na próxima fase que vem a verdadeira dificuldade, as australianas, que tem um nome a zelar no basquete feminino. Mas antes de pensar lá na frente, devemos nos preocupar com o próximo passo, que será amanha.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A explicação

Hoje mesmo eu postei sobre Huertas não treinar com bola e com a equipe, depois de duas semanas de concentração - confira aqui. O motivo é o seguro do jogador que não foi pago. Como sempre, fui atrás para saber o porque disso. Entrei em contato com a CBB e eis a explicação:

"Até o fim de semana será resolvido o problema do seguro. E nesse caso, a CBB não tem culpa, pode checar o twitter do jogador (aqui). E o Huertas está sendo polpado por causa das dores no joelho que vem sentindo. Ontem já treinou um pouco com bola. Mas pode ter certeza que ele está em boas mãos. Fique tranquilo".

Então, agora é esperar o final de semana passar e saber se, realmente, o jogador atuará pela seleção, pois já se foram duas semanas de preparação e até agora Huertas não bateu bola com o elenco brasileiro.

Portas abertas, transferências liberadas

Tudo começou com Deron Williams, que fez um acordo com o Besiktas. Seu contrato foi parar na FIBA, para a análise e liberação, pois mesmo com o lockout instalado na NBA, o jogador ainda é vinculado à franquia Nets.

Depois de analisada, a FIBA aceitou o acordo entre ambas as partes (Deron e Besiktas), liberando o jogador para atuar pelo time turco. Com essa façanha, o armador campeão Olímpico em 2008 abriu as portas para todas as transações a serem realizadas.


Alguns acordos já foram assinados entre outros jogadores. E uma notícia que já está velha, volta a rondar o mundo da bola laranja. O mesmo time que contratou Deron está quase assinando com Kobe Bryant. Antes, tudo não passava de um querer da equipe, mas agora esse sonho pode ser realizado, pois, assim como na contratação de Williams, o time turco terá patrocinadores para bancar o salário do astro norte-americano, que gira, em especulações, em torno de 6 milhões de euros.

O salário oferecido é bem abaixo do que ele ganharia na NBA, mas assim como disse, ele aceitaria jogar por um valor de 12 milhões de dólares na temporada. Se pegarmos o valor oferecido, que está em euros e transformar em dólares, dá algo em média de 8,6 milhões de dólares, abaixo do que ele se propôs a receber, mas muito para os padrões europeu.

Há quem diga que uma patrocinadora pessoal do jogador possa bancar todo o salário, não sei. Mas que é inevitável que a empresa esteja ajudando o Besiktas, isso está na cara, pois a companhia que patrocina o jogador é a Turkish Airlines (empresa de linhas aéreas da Turquia).

Será que teremos uma dupla de peso na Turquia? Ou melhor, se Kobe for, será um trio, pois por lá, já está acomodado o MVP Allen Iverson, jogador que brilhou por muitas temporadas na NBA e na seleção estadunidense.

E a armação?


A seleção principal do Brasil está concentrada desde o dia 04 de julho. Algumas baixas, como os jogadores da NBA, com exceção de Tiago Splitter, a expectativa, que já se foi por água abaixo, em relação ao processo de naturalização de Larry Taylor e como será a preparação da seleção foram questionadas.

Os jogadores da NBA, além de problemas pessoais, tinha a questão do seguro. Segundo o pessoal da CBB e o próprio Splitter, já está tudo resolvido, então o xerife brasileiro tem o alvará para botar ordem na área pintada. Agora o problema, que nem se foi comentado pela mídia, está sendo o seguro do armador principal da seleção. Marcelinho Huertas não treina com o restante do elenco, pois a CBB ainda não resolveu o problema contratual do homem de criação da equipe.

Huertas faz treinos físicos e com bola, mas na hora dos coletivos ou dos treinos de cinco-contra-cinco, o jogador fica de fora.

Espera-se que a entidade máxima do basquete resolva isso o quanto antes. Mas a verdade era que, já sabendo que Marcelinho Huertas iria ser convocado, a CBB deveria ter entrado em contato com o Caja Laboral (time do jogador na Espanha), para acertar os valores a serem quitados, pois já se foram duas semanas de treinamento e até agora o armador não fez nenhum treino tático com a equipe.

Cade a responsabilidade? Pessoas capacitadas estão sendo requisitadas na CBB. Isso não é de agora, mas sim há mais de 10 anos. 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Desenvolvimento de uma história

Os primeiros parágrafos foram escritos no começo do ano, mais exatamente dia 5 de fevereiro, quando o técnico Luis Claudio Tarallo convocou suas companheiras para juntos, escreverem uma história juntos. E até agora a história se encaminha para um final feliz. Vamos ver como será as partes finais dessa narrativa.


Com um começo esplêndido, as meninas, desde o começo, sempre focadas, jogaram três campeonatos, um no Chile, outro na França e um aqui, em terras brasileiras. Em todos, a seleção sub19 sagrou-se campeã. Depois começou com desafios mais pesados, para testar até onde essas meninas chegariam. Veio 10 dias de treinos em Vegas, enfrentaram a seleção norte-americana duas vezes (ganhando um dos jogos), fizeram seis jogos contra equipes adultas de times do estado de São Paulo, perdendo apenas um jogo, enfrentaram a equipe sub17 masculina de Jundiaí e, mais uma vez, venceram.

Depois da primeira parte totalmente escrita, a seleção volta para escrever a segunda parte e terminar o conto. Com um elenco que está junto desde o começo dos treinos que, como eu disse, iniciaram dia 5 de fevereiro, as meninas embarcaram para o Chile, país-sede do mundial sub19.

O mundial conta com 15 equipes que estarão correndo atrás da tão querida e sonhada medalha de ouro. O Brasil ficou no grupo da Espanha, China Taipé e Eslovênia. E hoje, dia 21, começa a caminhada para o Brasil rumo ao final feliz, como se espera de uma linda história. Hoje, o jogo é contra a Espanha.


Qualificações, habilidade e força de vontade, nós sabemos que a equipe tem. Agora é colocar tudo o que foi treinado em prática e ir rumo ao lugar mais alto do pódio.

Ah, lembre-se, o SPORTV 2 transmite a partida de hoje, contra a Espanha, a partir das 22:00 horas.

Pesquisas apontam

Uma pesquisa feita a pedidos da Forbes, mostrou o jogador da NBA com a maior popularidade atualmente, seja no quesito publicidade, acessibilidade, presença nas mídias e outras mais. Engana-se quem pensou que, neste momento, o mais popular é Kobe Bryant, considerado o melhor jogador da última década, ou então LeBron James, considerado THE KING para alguns.

O jogador mais "badalado" do momento é um líder no seu time e na seleção, considerado por muitos brasileiros como amarelão (mas agora eu duvido que seja assim, pois o cara levou o time texano nas costas, chamando toda a responsabilidade pra ele na final). Sim, senhoras e senhores, o jogador mais popular da NBA é Dirk Nowitzki, o alemã - que concedeu uma entrevista ao Papo Basquete (clique aqui e leia).

"Sempre quis ser um jogador de basquete. Nada mais, nada menos. Nunca me considerei uma "marca". Claro que algumas coisas do tipo comercial poderiam acontecer, mas eu estou feliz onde estou agora".

Sim, mais popular que LeBron, Kobe, Wade, Carmelo Anthony e outros grandes astros da NBA. Com 132 pontos, Dirk encabeça a pesquisa, seguido de Kobe (83 pontos) e Nash (68 pontos). Já os super-stars do Miami, LeBron e Wade, saíram de uma pontuação de 131 e 117 para 26 e 34, respectivamente. Fato que, se colocados na lista, os dois astros não estão entre os 10 primeiros.

O alemão é um dos poucos jogadores que não tem um agente que o representa. Ele que toma a frente de tudo na sua carreira. Todos os contratos são analisados por ele, sem opinião de um agente.

Já como o jogador mais arrogante, adivinhe quem é? Pelo incrível que pareça, não é Carmelo Anthony, não é J. Smith - do Denver Nuggets. O jogador que ganhou o ódio da população é LeBron James, o famoso "THE KING" (não sei de que). Sua popularidade caiu na mesma proporção que o ódio dos fãs aumentaram.

Tudo começou quando ele fez aquela algazarra toda para anunciar onde ele iria jogar. E com uma importuna frase, falada em rede nacional ('Eu estou levando meus talentos para South Beach'), a nostalgia começou a borbulhar em todos, principalmente nos moradores de Cleveland.


Depois de uma temporada inteira, consegue chegar na final com o Miame. Só que novamente o jogador que não sabe medir suas palavras solta a língua que faz, por si só, ruir sua personalidade e seu marketing. 



"Todas as pessoas que estavam torcendo por minha falha até o final do dia, amanhã acordarão e terão a mesma vida que tinham antes de acordar hoje. Eles têm os mesmos problemas pessoais de sempre. E eu continuarei a viver do jeito que eu quero viver e continuarei a fazer as coisas que eu quero".

Isso é o Lebron que Miami pegou e transformou, aflorando uma personalidade diferente da que tinha do Cavs.

Agora me diga, por que será que Dirk, um alemão carismático, foi consideramo o mais popular e LeBron, um jogador de nariz empinado, é o mais odiado? Não é difícil saber, certo?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ponto Final

Nesta quarta-feira, 20 de julho, dia para qual Yao Ming marcou uma coletiva de imprensa. O que seria falado? Mistério, é o que ele pensava, mas todos já sabiam o motivo pelo o qual o chinês iria até às câmeras e microfones.


Hoje na China, Yao anunciou sua aposentadoria. O motivo são anos de lesões que perseguiram e atrapalharam o líder do Rocktes, que sempre jogou na franquia desde que foi draftado em 2002 como o número um.

O basquete vai sentir saudades do chinês mais famoso dos últimos anos. Um brincalhão, que sempre pensou no próximo e que, quando o assunto era velocidade, o rapaz era mais lerdo que uma tartaruga, mas dominava (com algumas ressalvas) as áreas pintadas das 29 quadras da NBA. 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Marcelo Machado não joga


Semifinal do NBB, Flamengo x Franca. Segunda partida da série, o time carioca perdendo humilhantemente pela superioridade do time paulista. Franca com a bola, marcação reforçada em cima de Fernando Penna, o que fazer? O jogador pensou rapidamente e usou de uma técnica, habilidade e sorte, jogou a bola por debaixo das pernas do jogador flamenguista.

A jogada narrada acima refere-se ao lance em que Marcelinho Machado ficou enfurecido e apelou para a agressão em cima do jogador do time francano. Nesse momento em que o jogador da seleção perseguiu Fernando Penna para, literalmente, descer o braço. Criou-se a confusão que paralisou o jogo, expulsou e distribuiu faltas para os jogadores. No final da partida, o time paulista venceu e algum tempo depois, Machado pegou alguns jogos como pena pelo ocorrido.

Entrando com um recurso para tentar anular a pena, o Flamengo não teve êxito perante o STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva). Por unanimidade, foi negado a suspensão e, por consequência, Marcelinho continua com sua punição que será cumprida na próxima edição do NBB.


Megafone

"Eu acredito que o Brasil tem potencial para conquistar a vaga na Argentina, mas se não der, estarei pronto para servir a seleção no Pré-Olímpico do ano que vem (Pré-Olímpico mundial)".

Essas são as palavras de um quase brasileiro ao Fábio Sormani, que, na semana passada, teve seu sonho despedaçado por causa da burocracia do Brasil. Larry Taylor não conseguiu sua naturalização a tempo para jogar o Pré-Olímpico na Argentina, mas se mostra disposto a integrar a seleção em outras ocasiões. 

sábado, 16 de julho de 2011

Um adeus está próximo


Com mais dois anos de contrato com o San Antonio Spurs, o argentino Manu Ginobili não pensa em estender mais a carreira. Quando o seu contrato chegar ao fim, pode ser que seja também o fim do atual camisa 20 do time texano.

Alguns diziam que Manu voltaria para a Argentina para encerrar sua carreira, mas pela própria voz do jogador, isso é uma tremenda balela, que ele nunca pensou nisso. Sempre pensou em colocar um ponto final jogando em alto nível, que é o que ele vem apresentando há bastante tempo na NBA.

Como um dos maiores nomes que passou pelo San Antonio, Manu Ginobili é, definitivamente, uma peça muito importante na equipe, pois ajudou a levar para casa três anéis de campeão, dos quatro que a franquia tem e ainda foi eleito o melhor sexto homem da temporada 2008. Já foi campeão Olímpico em 2004 e vice-campeão mundial em 2002 com a seleção.

Em nove temporadas que está na NBA, todas pelo mesmo time, o argentino tem médias de 17,4 pontos e 4,9 assistências. Será que ele mudará de ideia daqui dois anos? Dependendo de seu rendimento até lá, seria uma boa, hein!

Alegria de um novo espanhol

Enquanto aqui no Brasil nós estamos magoados e tristes com a notícia de que Larry não vai conseguir sua naturalização a tempo para integrar a seleção para o Pré-Olímpico que acontece agora em agosto na Argentina, na Europa, os espanhóis estão sorrindo de orelha a orelha porque a justinha do país divulgou que, para Serge Ibaka finalizar seu processo de naturalização e jogar na seleção, só precisa fazer um juramento.

O jogador deu entrada nos processos ainda no ano passado, mas por problemas no trâmite, atrasou. Mas agora está tudo em ordem e o jogador poderá participar da equipe espanhola que disputa, no EuroBasket - na Lituânia, uma vaga para os jogos Olímpicos de 2012, Londres.

O congolês já fez muito sucesso na Espanha quando jogou pelo Manresa. Segundo o jogador, agora ele poderá retribuir tudo o que o país já fez por ele. Vamos ver como será a sua representação, juntamente com Pau Gasol & CIA.

Crise na Argentina?

A melhor equipe, na atualidade, na América do Sul, a Argentina parece que está com problemas e não contará com os grandes jogadores da NBA, que elevam a qualidade do time.

O problema que está afetando a eles é, também, o mesmo que nos atingiu, o seguro a ser pago por cada jogador. Com a NBA paralisada, os valores dos seguros saem de um valor que, quando o campeonato estava rolando, já era um pouco alto para um valor surreal, dificultando a efetivação do pagamento, já que muitas entidades máximas do basquete em cada país podem não ter tal requisito monetário para a façanha de obter todos os jogadores de grandes habilidades em suas equipes.

Conhecidos por um patriotismo exacerbado, os jogadores argentinos da liga norte-americana, que sempre fizeram de tudo para defender a seleção quando solicitados, agora podem não comparecer. E como foi falado aqui no blog, Luis Scola já comentou sobre o assunto: SEGURO - aqui.

Vendo que não é só no Brasil, o lockout está fazendo e pode fazer mais estragos na vida de muitos. Imagine você, uma seleção que vem encantando há quase uma década não jogar com seus principais jogadores. Estes mesmos que eram taxados de patriotas, agora não querem ajudar a pagar os seus próprios seguros.


Sim, é uma vergonha um jogador ter que pagar para defender sua seleção. O mínimo que a entidade responsável em seu país deveria fazer era deixar tudo certo, de acordo para que o jogador só tenha o trabalho de entrar em quadra e fazer o seu melhor. Mas onde fica aquela gana de ganhar, ir para as Olimpíadas, defender a seleção, que sempre transbordou nos hermanos? Será que está se esvaindo aos poucos pelas brechas abertas com o tempo? Questão difícil, mas ainda há muita água para rolar nessa corredeira até as comportas serem fechadas.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sentido!

Na tarde de ontem, o técnico da seleção brasileira, Magnano, liberou Nezinho e Arthur, armador e ala respectivamente, para defender o Brasil nos jogos militares que acontecem aqui mesmo, no país, nos dias 17 a 27 deste mês de julho.

Convocados inicialmente para a seleção militar, os dois jogadores  priorizaram a seleção que vai jogar o Pré-Olímpico. Mas o técnico Alberto Bial não gostou muito da notícia e foi até o xerife da seleção principal negociar os dois jogadores. Pediu que, caso a seleção militar consiga chegar na fase semi-final, para liberar os dois para jogarem apenas duas partidas, a da semi-final e, em caso de vitória, a final.

É hora de migrar

Com o lockout instalado na NBA, sabemos que muito se é especulado e que alguns jogadores da liga norte-americana vão partir em busca de outros contratos para ganhar alguns trocados nessa temporada, já que ninguém sabe até quando haverá essa paralisação.

Depois de Deron Williams, que anunciou que tem um acordo firmado, agora só falta concretizar em papel, outros jogadores, tanto os de menos visibilidade como os astros da NBA também estão tentando garantir seus futuros. Alguns grandes nomes da NBA começaram a dar declarações de possíveis locais onde irão atuar.

Muito se falou de Kobe e uma trupe montarem uma equipe e começarem a fazer uma turnê pela China. Mas o real destino, pelo menos de começo, do astro estadunidense, juntamente com Kevin Durant e Derrick Rose, é as Filipinas. Os três vão integrar uma equipe e vão enfrentar dois times (um seria de jovens talentos do país e o outro seria a equipe que foi eleita All-Star do campeonato filipino), sem datas definidas até o momento. Os jogos beneficentes vão arrecadar montante para o MVP Sports Foundation, que desenvolve o esporte nas Filipinas.

Essa turnê pode ser, para Kobe e Durant, a abertura de várias portas para propostas e, aí sim, assinar um contrato com algum time. Outro que já está visando atuar por algum time é D12. O jogador do Orlando, que está cuidando de sua forma até o momento, diz que vem pensando sobre jogar em uma equipe, e deixa a entender que a prioridade estaria na China, pois é o país que terá mais oportunidades. A grande questão que o atrapalha a pensar seriamente em fechar com um time é a questão do seguro em relação às lesões.

Com isso, é de fácil percepção que não é só no Brasil que os seguros estão atrapalhando as coisas, hein.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Triste notícia

Chego em casa, ligo o computador e vou me atualizar. Abro alguns sites e quando menos espero, me deparo com uma notícia que me deixou boquiaberto e, acredito eu, que não só a mim, mas muitos outros também ficaram tristes por causa do mesmo.

A CBB divulgou que, segundo o Ministério Público, o norte-americano que joga em Bauru há três anos, Larry Taylor, não conseguirá sua naturalização a tempo para defender o Brasil no Pré-Olímpico que acontece em agosto, na Argentina.

Sério, eu estava torcendo para Larry conseguir sua naturalização e mostrar o bom basquete que vem desempenhando em Bauru. Com um estilo de jogo mais agressivo, iria só somar na seleção, enquanto Huertas tem um estilo mais recatado, mais distributivo.

De acordo com a CBB, o processo ainda está correndo, pois o desejo da cidadania brasileira ainda existe e também, para futuras convocações.

As duas facetas - A Novela

Dia 04 de julho: Leandrinho envia um email para a CBB pedindo dispensa da seleção. O comunicado foi feito 30 minutos antes da apresentação dos jogadores para a imprensa. No pedido, ele alega problemas 'pessoais e particulares' - pra mim, pessoais e particulares seriam a mesma coisa.

Magnano comenta na coletiva sobre o pedido de Leandrinho: "Nunca é bom receber uma notícia de um jogador não pode jogar. Sempre na minha vida, respeitei muito as decisões de jogadores... E a última resposta tem que ser deles..." E continuou: "Eu já vivi algumas situações de dispensa, isso não é novo para mim. Mas as grandes referências que dirigi no basquete argentino, na maioria das vezes diziam sim".

- Magnano começa, já no primeiro dia, a mostrar seu descontentamento com os pedidos de dispensa e compara a seleção argentina que ele dirigiu (aquela que foi campeã Olímpica em 2004 e vice em 2002 no mundial) com a seleção brasileira (isso é anti-profissionalismo).

Dia 06 de julho: Magnano alfineta jogadores que pediram dispensa da seleção (Leandrinho e Nenê): "Fico pensando se eles têm realmente o conhecimento do que significa disputar uma Olimpíada... As vezes me pergunto se esses atletas realmente sabem o que é estar dentro de uma Olimpíada". Depois falou sobre Leandrinho: "Eu respeito muito as decisões dos jogadores... Mas em relação ao Leandrinho, fiquei um pouco surpreso, porque pensamos, pelas últimas notícias que tivemos, que ele se apresentaria, mas na última hora não se apresentou".

Dia 09 de julho: Arthur, irmão e empresário de Leandrinho, comenta ao Bala Na Cesta o pedido de dispensa do jogador. Falou que Barbosa queria muito jogar, mas pelo problema no pulso, não poderá. Falou também que Magnano já sabia da contusão do atleta e que não teria condições de jogo. Segundo o email, Magnano ouviu isso de Leandrinho e dos próprios dirigentes do Toronto. Arthur explicou que o jogador iria comparecer à apresentação da seleção, mas a própria CBB pediu para que não o fizesse e que só mandasse um email.

- Algo está errado nisso, não? A CBB já sabia e não divulgou? Como assim? Se sabia, por que convocou o rapaz? Só pra dar ibope nas mídias? Só que isso ai virou algo negativo para a entidade.

Dia 11 de julho: Em entrevista ao Lance!, Leandrinho afirmou que ficou chateada com a CBB, pelo fato de como trataram seu problema e também de que a entidade deixou a entender que ele só pediu dispensa 30 minutos antes da coletiva, mas que na verdade já sabiam desde março que ele poderia não ter condições de jogo. Na mesma entrevista, ao Lance!, Leandrinho explicou que jogou o mundial de 2010 no sacrifício, pois desde aquela época, o jogador está com esse problema no pulso.

Dia 12 de julho: O Lance! publica a entrevista com Leandrinho na íntegra (aqui). Na entrevista, Barbosa reafirma que a CBB e Magnano já sabiam do seu problema, mas também falou que não especificou que não iria para o Pré-Olímpico, pois, por ele, achava que todos já tinham entendido, desde março, que ele não compareceria por causa das informações passadas por ele e pelos dirigentes do Toronto. E assim como ele não procurou a CBB para falar que não iria, a CBB também não foi atrás do jogador para saber se poderia contar com ele. Falou também que foi "ameaçado" pelo presidente do Raptors de que, se ele atuasse pela seleção, poderia dar adeus ao time canadense, pois aquele seria sua última temporada no time.

No mesmo dia, o dirigente de seleções da CBB, Vanderlei, comentou sobre o assunto polêmico. Falou que Leandro nunca falou para ninguém ligado à CBB que não iria por causa de uma lesão, mas deixou explícito que não iria integrar o grupo para os jogos que ocorrem em agosto, na Argentina. Vanderlei disse ainda que no dia 29 de junho ligou pro jogador e perguntou se iria se apresentar, mas obteve o não como resposta, só que sem um motivo.

Nesse mesmo dia, Leandro foi ao programa Arena Sportv e explicou tudo lá, como fez ao Lance!. No programa de TV fechada, ele falou o porque de ter colocado problemas pessoais, disse que a conversa que teve com o pessoal aconteceu dois dias antes da apresentação, num sábado, e não 30 minutos antes, como anunciaram. Confirmou que teve falha de comunicação entre ambas as partes.

Leandrinho disse que não quer atrapalhar ninguém na seleção e que se for pra ser chamado quando estiver bem, ele irá. Ele quer somar na seleção, nem que seja ajudando dando água, mas ele quer estar com a seleção.

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É, uma novela foi criada e ainda não temos um desfecho. Em um depoimento, Magnano disse que o último contato que teve com esses atletas foi quando ele esteve nos EUA, depois disso, todos os contatos foram através de Vanderlei.

Fica claro que Vanderlei não está tendo a capacidade para comandar as atribuições que lhe foram entregues, pois num pedido simples, um caos foi criado. O mesmo Vanderlei alegou que sabia que Leandrinho não iria participar do Pré-Olímpico, mas só não sabia o motivo. A verdade é que, nesse caso, o motivo não seria tão importante. Leandrinho poderia pedir dispensa para cuidar de uma plantação de repolho, que seja, mas o errado disso tudo e o maior culpado foi Vanderlei, por não ter pedido com antecedência ou até mesmo divulgado, por ele mesmo, uma nota afirmando que o jogador não iria se apresentar.

Fica claro também que ao longo de todos esses dias, Leandrinho entrou em divergência com suas falas às mídias, pois em uma anunciou que a CBB sabia, e em outra disse que não tinha comunicado à CBB.

Agora é esperar a poeira abaixar para dar-se um ponto final.

Megafone

"Dia 29 vou me apresentar. Mas sem seguro eu não treino. É minha única preocupação... É muito complicado. Uma situação que não depende de nós (jogadores da NBA)... Germán Vaccaro (presidente da Confederação Argentina de Basquete) está trabalhando nisso. Me prometeram que iam solecionar... Tenho que ser otimista... Mas não é justo que eu pague o seguro. Só precisamos de um seguro que não afete nossos contratos em caso de lesão. Na seleção, se joga pela camisa".

A palavras acima foram ditas por Luis Scola ao Diário Olé. Ele fala sobre o seguro que a CABB tem que pagar para contar com os jogadores e que, não só ele, mas todos os outros jogadores da NBA, não poderão atuar no Pré-Olímpico caso não haja o pagamento do valor. Para conferir a entrevista na íntegra, só ver o vídeo aqui.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Brasil abre as portas


O amigo Fábio Balassiano já tinha divulgado pelo twitter, mas ontem recebi a confirmação diretamente da NBA. O Basquete sem Fronteiras (BWB - Basketball without Borders) está de volta ao país mais tropical da América do Sul, Brasil, começando dia 29 de julho e terminando dia primeiro de agosto. 

Programa social realizado pela NBA juntamente com a FIBA, que atende 50 atletas de até 19 anos e a edição América contemplará jogadores de toda a América Latina e Caribe. 16 países serão representados pelos seus garotos. Outras duas edições serão realizadas, ainda nesse ano, uma na Eslovênia e outra na África do Sul.

Na que vem para o Brasil, terá como palestrantes técnicos e preparadores da NBA e ex-jogadores (atuais jogadores não podem, pois há o lockout, que corta toda e qualquer relação da associação com os jogadores.). Como nome principal e um dos mais marcantes da NBA, está Dominique Wilkins, jogador que fez sucesso com a camisa do Hawks, principalmente nos campeonatos de enterrada. Terá também Allan Houston, ex-jogador do New York e que, de quebra, por causa de suas lesões, existe uma regra na NBA com seu nome.

Abaixo você confere todos que o BWB trará para o Brasil;

Ex-jogadores:
Dominique Wilkins
Allan Houston
Sam Perkins
Adonal Foyle

Técnicos e Assistentes:
Phil Weber - New York
Kaleb Canales - Portland TrialBlazers
Austin Ainge - Boston Celtics
Alex English - Toronto Raptors
Alvin Gentry - Phoenix Suns
Will Sevening - San Antonio Spurs
Gerson Rosas - Houston Rockets

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Último dia na Letônia

Decidido ontem, nas semi-finais, os jogos de hoje, tivemos na disputa do terceiro lugar a Argentina, tentando a terceira medalha de bronze, e a Rússia, na busca da sua inédita medalha em mundial. Já no confronto pelas medalhas de prata e ouro, estavam na luta a Sérvia contra a Lituânia, ambas com base do basquete soviético e com um destaque para a Sérvia, que também conta com um punhado das habilidades do basquete iugoslavo, que tinha a defesa um pouco mais agressiva e consistente.

Às 13:00 horas a bola subiu para o primeiro jogo, Argentina enfrentando a Rússia. Num jogo disputado no começo, os russos afrouxaram a marcação e a equipe sul-americana aproveitou para pontuar em jogadas dentro do garrafão. Da segunda parte do primeiro quarto (faltando cinco minutos ou menos) até o intervalo do meio do jogo, a Argentina comandou a partida, só que não conseguia deslanchar no placar, pois a Rússia, mesmo tomando a virada, estava ali, atrás, sempre perto.

O intervalo deu um gás a mais para a Argentina, que voltou para o jogo com um ataque poderosíssimo, abrindo uma vantagem de dois dígitos. O que os argentinos não sabiam era que a Rússia não iria deixar por isso. Pois ainda no terceiro quarto, os russos mostraram um pouco do basquete que estava escondido e diminuiu a vantagem só pra três pontos. Veio o último quarto e aí sim a coisa pegou fogo. Alternâncias no placar, até que nos segundos finais a Rússia estava com três pontos de frente. A Argentina precisava só de uma cesta de três para a prorrogação, mas não conseguiram. Logo fizeram uma falta e o placar aumentou para os russos, que saíram vitoriosos da partida, 77 x 72, levando a medalha de bronze.

Logo depois veio a grande final: Lituânia x Sérvia. Derivadas de uma mesma escola que o tempo teve a audácia de mudar algumas coisas em seus estilos de jogar. De um lado estava a Sérvia, que buscava o bi-campeonato (primeiro conquistado em 2007, lá na Sérvia mesmo), do outro estava a Lituânia, time que nunca tinha ganhado a competição, ao máximo que tinha conseguido era um segundo lugar.


Apenas nos dois minutos iniciais que a Sérvia conseguiu ficar na frente, depois disso, a Lituânia dominou totalmente o placar. Com um jogo pegado, literalmente, e muitos erros, o começo foi tenso, mas logo o jovem Valanciunas mostrou quem manda na área pintada. Com um primeiro tempo bem apertado e disputado, o jogo foi para o intervalo com um placar de 39 x 32.

Na volta, a Sérvia parecia que tinha esquecido a cabeça no vestiário, pois voltou em quadra apenas para tomar mais pontos. Com uma defesa aberta, descontrolada, os servos deixaram a Lituânia se esbaldar no ataque, confirmando assim sua derrota. Já nos últimos 10 minutos de partida, houve equilíbrio, o qual só deu trabalho de controlar e manter a vantagem ao time lituano, que no final venceu por 85 x 67 e sagrou-se campeã.

Nome do campeonato e do jogo, Jonas Valanciunas fez 36 pontos. No geral, ele teve médias de 30,9 minutos e 23 pontos por jogo. Fez ao todo 207 pontos. Cestinha da competição. Parece que o Toronto fez uma bela escolha.

domingo, 10 de julho de 2011

Já temos os finalistas

Na tarde de ontem ocorreu os dois jogos da fase semi-final do mundial sub19, em Riga - Letônia. Dois jogos que foram bons de serem vistos, pois ali tinha uma filosofia empregada, nas quatro equipes, sendo três delas com um basquete antigo, tradicional da União Soviética (que na época era muito forte, e ainda prevalece).

No primeiro jogo, a final do EuroBasket sub18 foi reeditada, Lituânia x Rússia. E, novamente, os lituanos levaram a melhor em cima dos russos. Venceram a partida com um placar folgado, 85 x 68, e garantiram a vaga para a final do mundial.

Em um jogo em que, mais uma vez, o destaque foi o lituano Jonas Valanciunas (foto), draftado pelo Toronto Raptos, fez um duplo-duplo com 21 pontos e 13 rebotes. A marca do jogo, além do duplo-duplo, foi o aproveitamento nos arremessos, oito em dez tentados. Mas o cestinha da partida foi da Rússica. Com 27 pontos, o ala-armador Dmitry Kulagin não conseguiu levar sua equipe à vitória.

Com altos e baixos, o jogo começou com um equilíbrio, mas logo depois a Lituânia tomou conta do jogo e, no primeiro tempo, fez seu placar, abrindo grande vantagem para depois só controlar a partida, como ocorreu. Na volta para o segundo tempo, os lituanos esqueceram um pouco da partida e, então, a Rússia veio para cima, diminuindo a diferença aberta ainda no primeiro tempo, mas nada que pudesse colocar em risco a vitória da Lituânia.

Assim como os times, que foram os mesmos, a semelhança com a final do EuroBasket 2010 foi o vencedor da partida, que mais uma vez foi a Lituânia.

Na outra partida do dia, estava Argentina x Sérvia. Com estilos totalmente diferentes, o jogo foi equilibradíssimo, sendo resolvido só nos minutos finais do último quarto, quando, por descuido, a Sérvia abriu alguns pontinhos que levaram à derrota argentina por 76 x 71.


Cestinha e nome da Sérvia, o pivô Bojan Bogdanovic fez 25 pontos. No lado argentino, o nome de sucesso na partida e o mais comentado entre dois jogadores da seleção principal da Argentina e da NBA, Manu Ginobili e Luis Scola, foi Marcos Delia, que, com uma habilidade tremenda e uma grande sabedoria em fundamento, fez 19 pontos e pegou 10 rebotes, fazendo um duplo-duplo.

Com um jogo pegado, disputado, onde a defesa sobressaiu ao ataque adversário, a Sérvia ganhou nos detalhes. Sim, detalhes que, podemos dizer, fatalidades. Em um erro na saída de bola em que o jogador sérvio aproveitou para fazer mais dois pontos, foi praticamente o estopim para acabar com a Argentina na partida.

Agora, todo o mundo do basquete está visando hoje, o grande jogo da final, Lituânia x Sérvia. Se os lituanos ganharem, será o primeiro título mundial da categoria, mas caso contrário, a Sérvia ganhe, será o segundo, já que em 2007 eles foram campeões.

Com o melhor ataque e o melhor jogador da competição, a Lituânia vai pra cima da Sérvia com toda sua força, pois é a aposta do time, um ataque consistente, bom e objetivo. A Sérvia, que terá que se desdobrar para parar o ataque lituano, como fez algumas vezes no jogo de ontem, contra a Argentina, comete muitos erros, sendo estes que poderão resultar em pontos ao adversário.

Quem vai ganhar? Difícil dizer, pois são duas grandes equipes, agora o que temos que fazer é esperar até as 15:15, horário de Brasília, para ficarmos focado na televisão e ver a partida.

sábado, 9 de julho de 2011

Lembranças para trabalhar


A Confederação argentina corre para saber os valores e quanto terá que pagar em seguros, para que os jogadores da NBA (Ginobili, Delfino, Nocioni e Luis Scola) possam atuar no Pré-Olímpico, que ocorrerá em Mar Del Plata, lá na casa dos hermanos mesmo.

O Campeonato, como todos sabem, dará a oportunidade de duas equipes jogarem as Olimpíadas de 2012, em Londres. Brasil, que também convocou seus quatro jogadores da NBA, participará do Pré-Olímpico, mas apenas com um jogador do campeonato estadunidense. Ele, Tiago Splitter, o homem que comanda o garrafão brasileiro há alguns anos, jogador do San Antônio, parceiro de Manu Ginobili, defenderá a seleção. Os outros três não irão. Mas isso não é novidade e já são assuntos velhos.

Uma coisa que muitos podem saber, ou não, é que a seleção argentina, convocada para o campeonato de  agosto, é quase a base do mundial de 2002 e dos jogos Olímpicos de 2004. Agora vocês devem estar se perguntando o que isso tem a ver. Muito tem a ver, pois a medalha de prata nos jogos de 2002 e a de ouro em 2004, a Argentina tinha como técnico, nada mais nada menos do que Rubén Magnano, o atual técnico da seleção brasileira.

Com uma capacidade incrível de comandar, isso ninguém discorda, Magnano tem e sabe muitas das qualidades e habilidades de vários jogadores daquela seleção argentina, que se ele pescar em suas lembranças, poderá fazer um treinamento específico para jogar contra a seleção da Argentina, que há anos era sua maior aliada, agora será sua rival mais temida por nós.

Mas será que o mesmo homem que levou os argentinos ao patamar do sucesso, conseguirá a façanha de rebaixá-la, pelo menos por míseros 40 minutos, que representará muito para nós, brasileiros, que não vemos o Brasil ganhar da Argentina tem muito tempo? Essa é uma questão que será respondida em quadra. Mas vai que o coração de Magnano fale mais alto. Impossível? Não, mas anti-profissional, com certeza. Mas sabemos que não vai acontecer, pois Magnano é profissional ao ponto de saber separar as coisas.

Quando perguntei sobre um trabalho específico para jogar contra a seleção de Porto Rico, Magnano não respondeu, logo, esperemos que ele faça sim esse trabalho de defesa/ataque/marcação em específico para enfrentar a Argentina e a seleção portorriquenha, que são os perigos desse Pré-Olímpico, pois alí, é quase uma enciclopédia humana quando o assunto é seleção argentina de basquete se sua base dos jogos de 2002 e 2004.

Um típico norte-americano abrasileirado - parte II


Mas para jogar as Olimpíadas, primeiro tem que conseguir a vaga. Magnano já comentou se vocês treinarão algo em específico para enfrentar certos times, como a Argentina ou Porto Rico? Ainda não. Acabamos de chegar. Estamos na primeira fase dos treinos, só exames médicos e testes, mas com certeza ele falará algo a respeito sobre isso.

Voltando sobre você. Na sua opinião, quais os aspectos que precisam ser melhorados no seu estilo de jogo? Preciso ser mais consistente em meus arremessos de três e continuar melhorando o jeito de controlar o jogo.

Vamos distrair esse nosso papo. E o seu desafio, o hino nacional, já está cantando algo? Ainda só um pouco. Mas a cada dia vou tentar aprender um pouco mais dele.

O clima ai na "concentração" nesses três primeiros dias, os jogadores te receberam bem? Sim, todos me receberam super bem. Acho que todos os jogadores aqui são gente boa. É uma coisa muito legal estar aqui, junto com eles.

E o que você espera da próxima edição do NBB? Acredito que o NBB seja mais forte esse ano. Cada ano a liga está melhorando, os clubes estão investindo um pouco mais, e eu espero que seja um campeonato mais disputado.

Larry, obrigado pela entrevista. Sucesso ai na seleção e vamos trazer essa vaga para o Brasil. De nada. Obrigado a você pela atenção. E vou fazer o meu máximo. Abraços!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

E o mundial sub19?

Engraçado que com a derrota do Brasil para a Argentina, aquela derrota que ainda martiriza muita gente quando se toca no assunto, fez com que o mundial sub19 fosse esquecido por muitos, como se estivesse acabado já. Mas com a derrota do Brasil, o mundial não acabou, pois tem outras equipes disputando e, muito menos para o Brasil, que ainda jogaria para disputar o nono lugar.


E falando nisso, o Brasil conseguiu se classificar para a disputa do nono lugar. Venceu o Egito por 77 x 63 e garantiu a vaga na disputa, que será contra a Letônia, equipe anfitriã, que venceu o Canadá. O jogo será nesse sabado

Agora, olhando mais pra frente, saindo dessa parte do nono lugar, o mundial já está entrando na fase da semi-final. Hoje foi definido os times que disputarão a penúltima fase do campeonato. O primeiro time é a Rússia, que passou pelos maiorais do basquete mundial, os EUA. A equipe européia venceu a partida por cinco pontos (79 x 74). Depois vem mais uma equipe européia, a Lituânia, que, com Jonas Valanciunas - nome do jogo e do mundial, passou pela Polônia. A Sérvia passou pela a Austrália e o outra equipe que completa o quadrangular é nossa arquirrival, Argentina, time que pôs fim no sonho brasileiro de uma medalha.

Os jogos são: Sérvia x Argentina e Lituânia x Rússia.

Dois jogos imperdíveis que serão transmitidos. O primeiro jogo da semi-final, Lituânia x Rússia, o BandSport e a ESPN BRASIL transmitirão às 13:00 horas, já o outro jogo, Sérvia x Argentina, a ESPN transmitirá ao vivo às 15:15 horas e BandSport passará um inédito 00:00 hora de sábado para domingo.

Um gigante adeus

Houston Rockets acaba de perder o maior jogador de sua história, literalmente. Pois foi anunciado no dia de hoje, 08 de julho, que Yao Ming, o chinês que é um dos maiores responsáveis pela popularização do basquete na Ásia, vai se aposentar, pois não tem condições de voltar a jogar, por causa de várias lesões sofridas no pé. A mais recente foi uma fratura de um osso no pé, que o tirou da temporada 2010/11 quase toda, salvo cinco jogos que ele participou no começo.

O chinês foi draftado pela, até então, atual franquia que o jogador representava, Rockets, em 2002. Oito vezes All-Star player, Yao Ming sempre tinha apoio da massa asiática na hora das votações. 

Sempre com uma cara alegre, tirando quando algo estava muito errado ou problemático (como nos casos de lesões com ele), Yao, mesmo não tendo uma carreira tão brilhante como muitos outros jogadores, deixou marcas impressionantes como as médias de 19 pontos por jogo e 9,2 rebotes, além de ser um dos mais votações em todas as votações em que esteve presente do All-Star Weekend.

Um típico norte-americano abrasileirado - parte I

Nascido nos EUA, joga há três anos no Brasil, está indo para o seu quarto ano. Sempre no mesmo time, o Bauru, Larry Taylor foi convocado para defender as cores verde-amarela de nossa seleção e, no último dia quatro, se apresentou como um brasileiro (pelo menos o coração, como ele mesmo diz) que é e sempre sonhou defender seu país.


Criticado por muitos, julgado por outros tantos, Larry está disposto a batalhar por sua vaga na seleção e pela classificação brasileira, como qualquer outro jogador ali do time. Com um jeito bem estrangeiro de escrever, como um típico estadunidense tentando falar português, Larry Taylor conversou com o Papo Basquete na noite de ontem, dia 6 de julho.

Como você se auto-descreve como jogador para aqueles que nunca te viram atuar? Acho que sou um jogador muito dedicado. Jogo com o coração e sempre dou o meu máximo. Acredito que eu seja um jogador rápido, inteligente, que tenta muitas infiltrações e pula muito (risos).

Como foi se apresentar no último dia 4 como um possível jogador da seleção (pois depende do andamento do processo da naturalização)? Foi ótimo. Amei ficar lá, com os melhores jogadores do Brasil, e pra mim foi uma grande honra.

Caso seja resolvido todos os processos da naturalização, é perceptível que você seja um dos escolhidos. Na sua opinião, o que você tem a acrescentar ao Brasil? Sou um jogador que pode fazer muitas funções. Posso jogar de armador ou ala. Minha atitude é sempre pelo time, e seria assim também na seleção brasileira.

Você se diz um jogador muito rápido, que tem um jogo agressivo. Mudaria seu estilo de jogar para entrar para a seleção? Meu estilo de jogo vai depender do que o técnico pedir pra eu fazer no time. Vou fazer o que é melhor para o time. Em qualquer lugar, você só terá sucesso se pensar, primeiramente, no time.

Em uma entrevista recente, você falou que foi o Vanderlei (ligado à CBB) que te procurou para conversar sobre sua naturalização. Só que em uma entrevista com Magnano, que eu fiz, ele falou que foi você quem procurou a CBB para saber sobre os processos da naturalização. Na verdade, de onde partiu a ideia? Na verdade foi um pouco dos dois lados. Eu tive uma conversa com o Vanderlei antes, e ele falou pra mim que era possível para eu ser chamado. Eu gostei da ideia, comentei com ele e comecei a correr atrás do processo.

Depois de todas as conversas, quando começou a correr atrás dos papeis para a naturalização, o que pesou mais: a possibilidade de jogar pela seleção brasileira ou jogar uma Olimpíada? A primeira coisa que eu pensei foi jogar pelo Brasil, pois eu amo esse país. Já estou morando aqui há três anos e estou gostando muito. Depois disso, lógico que eu pensei muito sobre a possibilidade de jogar uma Olimpíada e seria muito bom.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Contrato assinado?

Após várias especulações em relação ao mercado de jogadores da NBA para os times europeus e orientais, agora parece que o primeiro jogador da NBA vai se mudar. 

Jogador do New Jersey Nets, Deron Williams pode anunciar que jogará na Europa pelo Besiktas da Turquia. Segundo uma reportagem do NTV Sports, emissora da televisão turca, há um acordo de ambas as partes e em pouco tempo o contrato pode ser assinado.

Nada fora especulado sobre o contrato, em relação a valores e quanto tempo de contrato, mas o que dizem é que há uma cláusula em relação de uma volta imediata ao final do lockout da NBA.

Se for verdade, Deron pode abrir uma porta para outros jogadores dos quais já rolaram muitas especulações. E em relação ao time turco contratando MVP's, não seria a primeira vez, já que na temporada passada, o armador e MVP (da temporada 2001) Allen Iverson jogou pela equipe.

Outras notícias rondam o time turco, como o acordo firmado com outro jogador da NBA, o pivô Zaza Pachulia, jogador do Atlanta. E a maior que, segundo o próprio técnico do Besiktas, o time tentará Kobe Bryant, jogador dos Lakers, nos próximos dias.

Já pensou um time com Allen Iverson, Deron Williams e Kobe Bryant? Isso para um campeonato europeu, onde o jogo é mais tático do que show. Seria legal, hein!

Um passatempo de 3

Em minhas andanças pela internet, olhando notícias de basquete aqui, lendo algumas culturas inúteis ali, olhando mais notícias de basquete, me deparei com um passatempo muito legal que, sem dúvidas, foi inspirado no NBA All-Star Three-Point Shootout, ou melhor dizendo, no campeonato de 3 pontos.

O jogo é muito legal, vale a pena conferir. É tão simples de jogar e tão besta, que você vicia, querendo acertar o máximo possível. Clique aqui e confira.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O futuro em um lance

Já de antemão, quero deixar claro que não vi o jogo, logo o que escrevo abaixo é com base em outros textos e estatísticas.


Depois de perder para a Austrália ontem, o Brasil teve um tempo para descansar, rever seus erros, descobrir pontos fracos dos argentinos, conversar entre si e entrar em quadra para vencer.

O jogo era contra a Argentina, time que o Brasil já tinha enfrentado na Lituânia e vencido. Um time que não é melhor que o brasileiro, nem taticamente, nem em relação ao elenco e nem tecnicamente. José Neto e companhia sabia que só interessava a vitória, pois só assim conseguiria passar para a próxima fase do campeonato mundial. O Brasil dependia única e exclusivamente dos próprios esforços, mas não foi dessa vez.

Num jogo pegado, disputado e difícil, o Brasil chegou aos segundos finais do último quarto vencendo por três pontos. Mas então como a seleção brasileira perdeu? Então, isso foi o lance, em milésimos de segundo, que no basquete, é muita coisa e pode mudar toda uma trajetória já traçada por quem está ali, vendo ou participando ativamente da partida. Sempre falo que prefiro o basquete como esporte por isso, que não importa quanto tempo se tem no cronômetro, ainda é possível acontecer algo emocionante. E novamente, contra o Brasil nesse campeonato não foi diferente.

Ao optar por não fazer uma falta em qualquer jogador argentino, o Brasil deu espaço para que eles trabalhassem a bola e tentassem um arremesso, e de três, que se feita, empataria a partida. Se tivesse feito a falta, a Argentina teria apenas dois lances-livres e o Brasil ainda poderia ter a posse de bola, mas não foi isso que aconteceu. Sem a falta, a seleção hermana trabalhou a bola, rodou de um lado da quadra para o outro lado, chegando a bola em Massarelli (foto), que tentou e, pulando de um jeito totalmente desequilibrado, acertou uma cesta de três milagrosa, empatando a partida e levando o jogo para a prorrogação.

Faltando maturidade aos jovens brasileiros, que por sinal é muito boa e merecia ir mais longe, a Argentina começou a comandar o ritmo do jogo e venceu por 71 x 69. 

A culpa dessa derrota deve-se ao lance do último quarto. No lance em que o Brasil optou por tentar forçar uma marcação até o tempo zerar, mas o pensamento da jogada foi inimiga brasileira e aconteceu tudo errado.  Pela segunda vez nesse campeonato, um lance determina um futuro, primeira vez contra a Rússia, só que dessa vez foi crucial e resultou no caminho de volta para casa.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Palavra de um campeão

Era considerado por muitos torcedores brasileiros como amarelão, que sempre falhava nas horas mais importantes. Só que tudo isso mudou, pode ter certeza, esse ano, nos playoffs da NBA. Dirk Nowitzki, alemão que adora defender as cores de sua bandeira, tomou pra si a responsabilidade nas horas mais cruciais de toda a série, principalmente na série final, contra o Miami Heat, que foi uma série emocionante.


Quando o cronômetro zerou naquele jogo seis, o alemão foi direto para os vestiários, pois de tão emocionado que estava, foi chorar sozinho, comemorar o título que há anos corria atrás. Quase um mês depois, Dirk deu uma palavrinha ao PapoBasquete e agora você confere como foi. Como a entrevista foi feita por email, as perguntas foram enviadas um dia antes de ocorrer o lockout

Olá Dirk. Então, descreva qual é a emoção de ganhar um campeonato da NBA. É um sentimento incrível em ser campeão da NBA (parece que fui campeão do mundo). Todo o árduo trabalho finalmente valeu a pena. Eu estou tão orgulhoso do meu time.

O Dallas vem mais forte agora para a próxima temporada? Quais as novidades em relação ao time? Foi instalado o lockout na NBA, então não haverá novidades até os conflitos trabalhistas sejam resolvidos entre as partes envolvidas.

Todo mundo sabe que você é muito patriota. Sempre disposto a defender a seleção alemã. O que isso significa para você? Eu sempre gostei de jogar pelo meu país. E foi uma grande honra carregar a bandeira e representar a Alemanha, meu país, durante os últimos jogos Olímpicos.

Quando Del Harris (treinador da NBA) esteve no Brasil, eu fiz uma entrevista com ele e ele me falou que você é o melhor jogador da NBA. Sabemos que muitos acham que Kobe é o melhor, mas ele nem se quer lembrou do norte-americano. Você concorda com a opinião dele? É uma grande honra pra mim quando as pessoas falam que eu sou o melhor jogador da NBA. Lá temos grandes jogadores, os melhores, e eu me vejo como um jogador de equipe. O campeonato foi conquistado por um grande esforço de toda a equipe, não fui só eu o campeão.

No Brasil, o basquete está evoluindo novamente, devagar, mas está. O que você vê sobre o basquete brasileiro? Sabe-se que temos muitos problemas, e um deles é de jogador que não quer representar sua seleção. O Brasil é um país com uma grande tradição no basquete. Oscar Schmidt é um dos mais famosos jogadores do Brasil. Atualmente, Anderson Varejão, Tiago Splitter e Leandro Barbosa jogam em times da NBA. Eu espero que o basquete do Brasil vá crescer e que eu irei ver mais talentos brasileiros na NBA.

Voltando para NBA, você acredita num lockout? O lockout está ai. Eu espero que os dois lados entrem em um acordo logo.


Na sua carreira, você conseguiu tudo que um jogador poderia querer ou tem algo que você ainda deseja? Consegui realizar vários dos meus objetivos em relação ao basquete, que é um sentimento maravilhoso. Ganhar o campeonato da NBA é um sentimento incrível e eu espero ter esse sentimento de novo.

Como está a seleção da Alemanha para o EuroBasket? O objetivo e foco é se classificar para os jogos Olímpicos de Londres - 2012.

Dirk, chegamos ao fim. É um prazer conversar com você. Parabéns pelo título da NBA. Obrigado pela entrevista. Obrigado você!

Jogo equilibrado e derrota no final

Em um jogo bem equilibrado e disputado, o Brasil enfrentou a Austrália, equipe que brigava diretamente pela liderança do grupo E, e perdeu por um placar de 63 x 57, sofrendo sua primeira partida na segunda fase e sua segunda derrota no campeonato.

Cestinha da partida e o destaque australiano, com um duplo-duplo, Mitchell Creek fez 23 pontos e pegou 10 rebotes. O outro nome do jogo pela equipe da Austrália, foi Hugh Greenwood (foto), que teve melhor aproveitamento nos arremessos do que o cestinha da partida. Hugh fez 17 pontos e ainda roubou cinco bolas.

Pelo lado brasileiro, mais uma vez o cestinha foi Raulzinho, com 19 pontos, mas o destaque do Brasil foi, na verdade, Cristiano Felício, que anotou, assim como o australiano, um duplo-duplo na partida, fazendo 16 pontos (72,7% de aproveitamento nos arremessos) e pegando 12 rebotes.

No geral, o Brasil esteve mais forte quando o assunto era perto da tabela, pegando 44 rebotes, sete a mais que o time rival. O problema brasileiro continua sendo a calma quando está com a bola. A equipe sul-americana cometeu 20 turnovers, contra oito (apenas 8) da equipe oceânica. Sem contar nas roubadas de bola, onde a diferença foi de 12 roubadas para a Austrália.

Amanha o Brasil enfrenta o vizinho, a Argentina. O jogo será as 15:15hs e, segundo a programação da ESPN BRASIL, o jogo será televisionado. Mas o mesmo já aconteceu no começo da competição e só ficamos na vontade. Vamos ver se o jogo será transmitido mesmo.

Ah, Brasil jogou de branco e a Austrália de verde.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Onde está a verdade?

"O jogador tem feito três anos de boas temporadas no Brasil e procurou, por conta própria, se naturalizar".

A frase acima é uma resposta do Magnano (técnico da seleção) ao ser perguntado, por mim na entrevista abaixo, sobre quem teve a ideia inicial da naturalização do norte-americano Larry Taylor. Já a frase abaixo, é o próprio Larry, em entrevista ao Fábio Balassiano, que falou quem teve a ideia e quem tomou a frente disso tudo.

"Na verdade o Guerrinha, meu técnico aqui em Bauru, conversou comigo em 2009 a respeito. Na metade de 2010 o Vanderlei, diretor de seleções da Confederação Brasileira, voltou com o assunto diretamente comigo, gostei da ideia e desde então começamos a mexer na papelada".

Percebemos claramente uma divergência nas respostas. E agora, quem está falando a verdade? Acho que a CBB deveria dar um parecer sobre esse fato. Tentei entrar em contato com Vanderlei (diretor de seleções da CBB), mas ele não estava na CBB no momento da ligação e a entidade me passou um número que nem se quer chama ao ser discado, é interrompido por uma empresa telefônica. Mas não vou desistir, essa semana vou continuar atrás do Vanderlei, para poder esclarecer esse fato.

Brasil encanta

Que começo foi esse da seleção brasileira sub19? Esplêndido, encantador, brilhante.


Antes do mundial, a Letônia já tinha enfrentado o Brasil e perdeu. Hoje, agora pelo mundial, as duas equipes se enfrentaram novamente. Com um começo irreconhecível, o Brasil começou perdendo mas logo no segundo quarto mostrou o verdadeiro time e potencial que tem. Virou o jogo e começou a abrir no placar, com um jogo consistente, único e objetivado. Novamente, o cestinha do Brasil foi Raulzinho, com 19 pontos (100% nos lances-livres).

Nesse jogo deu para perceber que a seleção brasileira não é totalmente dependente de certos jogadores, pois Lucas Bebê ficou a maior parte do segundo tempo no banco e, em relação à pontuação, cinco jogadores tiveram uma pontuação de dígitos duplos, nenhum que sobressaísse aos outros, pois como dito acima, Raulzinho fez 19, mas logo atrás, com 17 pontos, tinha Bruno e outros com 14, 13 e 10 pontos. Lucas Bebê terminou com apenas seis pontos.

Cestinha do jogo, o jogador letão Edmunds Dukulis (foto) fez 22 pontos e pegou nove rebotes.

Neto (técnico brasileiro) utilizou uma armação dupla, que coibiu o ataque letão e deu vida e ânimo ao Brasil, tanto no ataque quanto na defesa (técnica realizada em uma perfeita qualidade contra os donos da casa).

Um dos quesito que sempre é falado é o de que lance-livre ganha jogo, e o Brasil percebeu isso, chegando ao final da partida com 85% de aproveitamento (17/20), mas ao olhar o aproveitamento nas bolas de 3 pontos, o Brasil pecou e muito gravemente. Tentaram 25 arremessos, convertendo sete. Muitas tentativas para poucos acertos, mas isso pode melhorar com o momento.

Ao abrir dígitos duplos de vantagem, o Brasil só fez controlar o jogo. Tomava uma cesta aqui, fazia outra lá. Defendia de um jeito impressionante e estava tendo um resultado bom no ataque. Chegou a abrir 23 pontos de vantagem, que foi a maior do jogo, mas ao final, o placar foi de 88 x 73, 15 pontos de vantagem para a seleção sul-americana.

Com a vitória de hoje, o Brasil é o líder do grupo E, com sete pontos (três vitórias e uma derrota). Na classificação geral, o Brasil é o 3º colocado, atrás da Lituânia (que tem mais saldo de pontos) e dos EUA (que ainda não perdeu nesse mundial). Se formos analisar por esses dados, o Brasil tem total condição de conseguir uma medalha.

Os próximos jogos da seleção brasileira são: Amanha, contra a Austrália, às 10:45hs e dia seis, quarta-feira, contra a Argentina, às 15:15hs.

Bate-papo rápido com Magnano

Contratado para arrumar a seleção principal e conseguir resultados, como levá-la a uma Olimpíada, o argentino Magnano, campeão Olímpico com a Argentina em 2004 e vice no mundial de Indianápolis 2002, fez no mês passado a convocação para o Pré-Olímpico desse ano, que ocorre em seu país de origem. Divulgado pela CBB que o técnico estaria a disposição da imprensa, não medi esforços para entrar em contato com ele e consegui. E, lá da Letônia, Magnano nos respondeu. Segue abaixo o papo rápido com o chefão da seleção.

Magnano, de qual parte saiu a iniciativa sobre a naturalização de Larry Taylor: da CBB, para conseguir um armador de qualidade, ou foi do próprio jogador? Pois ele (Larry), falou em uma entrevista que, antes mesmo de saber da convocação, esperava ser chamado, por causa de conversas com pessoas ligadas à CBB. O jogador tem feito três anos de boa temporada no Brasil e procurou, por conta própria, se naturalizar. Portanto, como precisamos de um bom jogador para armar na seleção e o Larry é bastante qualificado, ele pode ser muito útil nos treinos e, quem sabe, até na seleção.

Por que conversar sobre convocação para a seleção brasileira com um norte-americano antes mesmo dele conseguir a naturalização? A CBB está ajudando a acelerar o processo dele? Sem dúvidas. Jamais faria uma convocação sem ter um trabalho por trás, tanto dele ou de qualquer outro jogador.

Sobre Anderson Varejão, por que chamá-lo sabendo que no começo do ano ele sofreu uma lesão e está em processo de recuperação? Queremos ver como ele está. Ele foi convocado e no dia quatro (hoje), vai passar por uma avaliação médica e aí sim, vamos saber quais são as reais condições dele.

Por que optar por nomes como Diego, Caio Torres e Arthur (foto), que são jogadores que não têm uma estabilidade na qualidade de jogo?

Sabemos que o senhor espera conquistar uma vaga no Pré-Olímpico, mas vemos a Argentina se reforçar com o que tem de melhor, que são seus jogadores da NBA e, com certeza, Porto Rico virá com seus melhores, como sempre. Logo podemos colocar a Argentina como dona de uma das vagas, a outra fica na disputa entre Brasil e Porto Rico. O senhor fará algum trabalho em especial para que, caso no futuro, tenha que disputar essa vaga contra Porto Rico? Pois de uns anos pra cá, sempre perdemos para os portorriquenhos numa decisão.

Como vocês podem perceber, Magnano não respondeu minhas duas últimas perguntas, e o que a assessoria que acompanha a seleção me passou foi o seguinte: "Magnano optou por não responder, pois essa é a sua opinião. Ele disse que confia na qualidade dos jogadores convocados e que o Brasil tem total chance de jogar de igual para igual".

Agora é esperar o Pré-Olímpico começar para vermos qual será o andamento da seleção e se terá essa qualidade toda para jogar de igual para igual como o técnico disse.